Os quatro pré-candidatos são, em ordem alfabética: Alexandre Baldy (pP), Delegado Waldir Soares (União Brasil), Lissauer Vieira (PSD) e Luiz Carlos do Carmo (PSC)

Para manter a base agregada, contemplando todos os principais partidos que o apoiam, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, deve bancar quatro candidatos a senador. Aliás, a palavra certa não é bancar, porque quem vai bancar as candidaturas são os partidos.

Os quatro pré-candidatos são, em ordem alfabética: Alexandre Baldy (pP), Delegado Waldir Soares (União Brasil), Lissauer Vieira (PSD) e Luiz Carlos do Carmo (PSC). Ninguém acredita que Zacharias Calil (União Brasil) será candidato a senador. Por dois motivos. Primeiro, o União Brasil não lançará dois postulantes. Segundo, as pesquisas sugerem que Delegado Waldir é, eleitoralmente, mais consistente.

Como se sabe, há apenas uma vaga para o Senado. A aliança PT, PSB e PC do B tende a bancar a ex-deputada estadual Denise Carvalho (PC do B) para senadora. João Campos será o postulante do Republicanos. Cogita-se também que Marconi Perillo, do PSDB, pode ser candidato a senador. Ao mesmo tempo, sua base política ventila que deverá disputar mandato de governador (ou até de deputado federal).

Sem Marconi no páreo, todos são “japoneses”. É certo que, no momento, Delegado Waldir se destaca um pouco mais, até por ser mais conhecido. Mas, durante a campanha, a tendência é que todos fiquem bem próximos, com uma eleição muito disputada.

Experts na política de Goiás dizem que, se for bem na campanha deste ano, Ronaldo Caiado vai contribuir para a eleição do senador. Portanto, o governador contribuirá para fortalecer os quatro senatoriáveis. Aquele que fizer a melhor defesa do governador pode acabar sendo eleito.

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Alexandre Baldy, do Progressistas
Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O ex-ministro das Cidades não desiste da disputa. Pelo contrário, já está montando sua equipe de trabalho e irá até o fim. Por ter experiência, sabe que não se ganha eleição por antecipação e que a campanha é que muda ou confirma quadros.

Dos pré-candidatos é aquele que, possivelmente, montará a maior estrutura de campanha. O ex-deputado federal foi um dos primeiros a dizer que participaria da campanha como candidato “independente”. Quer dizer, apoiará a reeleição do governador Ronaldo Caiado, mesmo não sendo o candidato formal de sua chapa.

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Delegado Waldir Soares, do União Brasil
Delegado Waldir, pré-candidatíssimo ao Senado l Foto: Reprodução

O deputado federal é um político obstinado. Ele fez a consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na garantia de que as candidaturas avulsas para senador são legais. Ninguém vai conseguir retirá-lo do páreo. É definitivo. Quando se retira o nome de Marconi Perillo, o parlamentar salta para o primeiro lugar. De acordo com um pesquisador, um levantamento sugere que “puxa” voto para Ronaldo Caiado. “Cerca de 5%”, afirma o especialista. Os demais não estariam puxando nem os mesmos 5%. Mas vale insistir: ainda não há campanha e os eleitores mal sabem quem disputará mandato de senador.

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Lissauer Vieira, do PSD
Lissauer Vieira: presidente da Assembleia Legislativa | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Não quer ser candidato avulso, mas o PSD quer bancá-lo de qualquer maneira — até porque sua postulação tende a fortalecer os candidatos a deputado federal e estadual do partido.

Na base governista, há aqueles que dizem que o presidente da Assembleia estaria se comportando como um candidato quer ser senador quase biônico. Noutras palavras, quer que toda a base trabalhe por sua eleição — o que não vai ocorrer.

Com sua ampla estrutura política e a força do agronegócio, Lissauer Vieira é um dos postulantes eleitoralmente mais consistentes.

Se não disputar, permanecendo alheio ao processo, ficará como um personagem menor da política, repetindo a imagem do menino mimado que quer tudo pra si.

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Luiz Carlos do Carmo, do PSC
Luiz Carlos do Carmo: senador não é “galinha morta” | Foto: Reprodução

O senador às vezes é tratado como “galinha morta”, mas é um engano. Ele tem força no meio evangélico, sobretudo na Assembleia de Deus. É um político mais atuante do que parece e suas bases no interior o apreciam. Ele também lutou para ser o candidato “formal” da coligação de Ronaldo Caiado. Ensaiou uma aproximação com Marconi Perillo, mas tende a permanecer na base do governador Ronaldo Caiado e a disputar mandato de senador como “avulso”.