Romário Policarpo e Aava Santiago são os grandes expoentes da Câmara de Goiânia

Major Vitor Hugo, do PL, e Edward Madureira, do PT, chegam à Câmara Municipal de Goiânia cacifados pela excelente votação que obtiveram. O primeiro, da direita, foi o mais votado. O segundo, da esquerda, foi o segundo mais votado. Curiosamente, registra-se uma polarização entre esquerda e direita no Legislativo goiano, em termos de campeões de voto.

Mas, se foram bem cotados, Major Vitor Hugo e Edward Madureira ainda não podem ser considerados como expoentes. São chegantes e terão de aprender a operar na Câmara. Isoladamente, é difícil brilhar no Legislativo. É preciso participar de grupos.

Então, os dois expoentes, até por já estarem na Câmara, são os vereadores Romário Policarpo (PRD) — presidente do Legislativo — e Aava Santiago (PSDB). Os dois têm estrela e, no futuro, certamente estarão disputando a Prefeitura de Goiânia. O que precisam é de partidos políticos sólidos. O PRD é fraco em Goiás e no país (Romário Policarpo precisa se filiar a um partido mais bem estruturado, como o MDB e o União Brasil. Voto ele já provou que tem). O PSDB está se tornando um partido nanico. Por isso há quem acredite que Aava Santiago vai acabar se filiando ao PT da deputada Adriana Accorsi. As duas, por sinal, são interlocutoras frequentes. (Aava Santiago até já deu conselhos para o presidente Lula da Silva sobre como lidar com os evangélicos. O petista-chefe pegou uma agenda e anotou, ele mesmo, tudo o que jovem, antenada, lhe disse.)

Em 2026 há quem postule que Romário Policarpo e Aava Santiago vão disputar mandato de deputado estadual. Aava Santiago também é cotada para disputar mandato de deputada federal e até de governadora (se, claro, Marconi Perillo, o chefão tucano, deixar, permitindo a renovação).

Quanto à presidência da Câmara, a tendência, porque é o preferido dos vereadores, dos reeleitos e dos eleitos, é que o nome mais sólido seja o de Romário Policarpo. Frise-se que não há empecilho legal para ele ser candidato. (E.F.B.)