Depois das dissidências nas últimas votações de 2019 na Assembleia Legislativa, Palácio das Esmeraldas conta com dois terços dos deputados

Ernesto Roller, secretário de Governo | Foto: Livia Barbosa/Jornal Opção

Secretário de Governo, Ernesto Roller diz que as portas da base na Assembleia Legislativa seguem abertas aos que hoje são da oposição, mas conta mesmo é com os 26 que enfrentaram as votações mais duras ao lado do Executivo. “Em alguns momentos, chegamos a ter 31 votos favoráveis e, no final do ano, após análise do pacote de projetos, tivemos uma consolidação da base com 26 nomes que se mantiveram firmes no projeto político e administrativo atual”, diz.

Para Roller, esse número é suficiente para garantir a governabilidade, “a fim de adotar as medidas que são necessárias para beneficiar Goiás”. Afinal, são dois terços dos deputados. A conta é apertada: para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), por exemplo, são necessários 25 votos (três quintos dos deputados).

As dissidências na base caiadista ocorreram no final de 2019, quando chegou o pacote que mexeu com o funcionalismo público. Virmondes Cruvinel (Cidadania), Eduardo Prado (PV) e Humberto Teófilo (PSL), inclusive, perderam os cargos que tinham no governo. Entre os apoiadores de Caiado ficou o sentimento de que eles saltaram do barco no momento mais delicado – a votação de projetos que causaram desgaste político, mas considerados fundamentais para evitar o colapso das finanças do Estado.

Roller ressalta o apoio do presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), e do líder do governo, Bruno Peixoto (MDB), nas votações. “O governo nunca fecha a porta para o diálogo. Nós não queremos fazer nada que não seja através da conversa e do consenso. Na política as coisas são feitas assim. Estaremos sempre abertos, mas sem descuidar da obrigação do administrador público de sanear a situação de Goiás”, afirma Roller.