Roberto Naves garante que Alexandre Baldy vai disputar Prefeitura de Anápolis
02 abril 2023 às 00h39
COMPARTILHAR
O presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Alexandre Baldy (pP), tem um sonho: ser senador por Goiás. Sua volta para o Estado, depois de um período em Brasília e São Paulo, é resultado deste sonho: ele planeja disputar uma vaga no Senado em 2026.
Porém, numa conversa com algumas pessoas, em Goiânia, na semana passada, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, do pP, garantiu aos interlocutores que Alexandre Baldy vai disputar a prefeitura do município, em 2024. Acrescentou, de acordo com uma fonte: “Será candidato e será o próximo prefeito de Anápolis”.
Roberto Naves é uma das grandes revelações da política de Goiás, nos últimos anos. Porque se revelou, no poder, um autêntico político, daqueles full time, e verdadeiro workaholic. Trata-se de um articulador de primeira linha — que não dorme em serviço. Há quem reclame: “Roberto articula demais”. Ora, o que se espera de um político? Exatamente que articule, que se mantenha presente nos debates públicos e nas discussões de bastidores.
Há quem postule que, se Alexandre Baldy não for candidato, Roberto Naves pode apoiar o possível candidato do MDB, Márcio Corrêa. Entretanto, o mais factível é que o prefeito, para se fortalecer para o pleito de 2026 — pode disputar mandato de senador ou ser o vice de Daniel Vilela (MDB) —, lance um candidato a prefeito. Uma possível aliança com o MDB tende a ficar para o segundo turno, com o gestor municipal apoiando Márcio Corrêa ou este apoiando o candidato do pP — contra, possivelmente, o postulante do PT, o deputado estadual Antônio Gomide.
Com três candidatos fortes — Alexandre Baldy, Antônio Gomide e Márcio Corrêa —, portanto com três favoritos, Anápolis provavelmente terá segundo turno. O PT tende a ficar isolado? Não se sabe. Antônio Gomide tem conversado com Márcio Corrêa.
Num segundo turno entre Alexandre Baldy e Antônio Gomide, Márcio Corrêa fica com quem? Ainda não se sabe. Mas pode ser com o primeiro e, até, com o segundo — o que deixa patente o caráter dinâmico da política.
Na hipótese de um segundo turno entre Antônio Gomide e Márcio Corrêa, Alexandre Baldy apoiará o postulante emedebista? É possível. E quando se diz possível não se quer que é inteiramente possível. Porque o pP e o PT do presidente Lula da Silva estão estreitando relações em nível nacional.
Porém, se a disputa ficar entre Márcio Corrêa e Alexandre Baldy, a tendência é que o PT apoie o primeiro? Pode ser.
O fato é que, neste momento, todos estão se colocando, o que, em política, é o correto. Não é hora de “atropelamentos” políticos, e sim de agregar forças. É hora da diplomacia. Porque aquele que parece “inimigo” hoje amanhã poderá se tornar “amigo”.(E.F.B.)