[Alberto Youssef e Carlos Cachoeira: Polícia Federal investiga conexões entre o doleiro e o empresário]

Eduardo Bresciani e Francisco Leali, de “O Globo”, publicaram na segunda-feira, 15, a reportagem “PF apura conexão entre quadrilhas de Cachoeira e Youssef”. Segundo a dupla de repórteres, “a Polícia Federal encontrou no escritório da contadora Meire Poza documentos que revelam as conexões entre duas quadrilhas flagradas em escândalos com desvio de recursos públicos nos últimos anos. Contratos, notas fiscais e extratos bancários que estavam com a contadora mostram que uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef manteve negócios com outra empresa de fachada que atuava no esquema operado pelo bicheiro Carlos Cachoeira. Do lado de Youssef está a RCI Software. Do lado de Cachoeira, que mantinha ligações com a empreiteira Delta, aparece a empresa Alberto & Pantoja”.

Os repórteres relatam que, “em maio de 2012, encontrado pelo ‘Globo” em São Paulo, Eufranio Ferreira Alves confessou ser laranja. Na época, a RCI tinha sido listada pela CPI do Cachoeira por ter recebido repasses de recursos da Alberto & Pantoja. Alves contou que tinha emprestado o nome a pedido de um amigo, Waldomiro de Oliveira. Hoje, se sabe que Oliveira é um dos homens de confiança de Youssef, investigado na Operação Lava-Jato da PF”.

“O Globo” informa que “a CPI enviou um ofício à empresa pedindo esclarecimentos. Em agosto de 2012, em resposta assinada pelo mesmo Alves que se disse laranja, a RCI afirma que o repasse feito pela empresa ligada a Cachoeira referia-se à venda de nove computadores e seis servidores. A CPI concluiu que a empresa recebeu R$ 753 mil em quatro transações no ano de 2010”.