Dos políticos com mandato, se Lúcia Vânia deixar a base aliada, apenas um vai acompanhá-la. Lissauer, Sorgatto e Virmondes ficam com José Eliton

Lúcia Vânia, senadora, já perdeu o apoio do deputado Marlúcio Pereira, que está trocando o PSB pelo PTB, e não terá o apoio dos deputados estaduais Diego Sorgatto e de Lissauer Vieira se sair da base governista

Comenta-se que a senadora Lúcia Vânia (PSB) está cada vez mais próxima da base do governador Marconi Perillo (PSDB). Por três motivos básicos.

Primeiro, associada politicamente com o senador Ronaldo Caiado, do DEM, ou com o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, não leva sua base política. Irá praticamente sozinha, no máximo com a prefeita de Nova Veneza, Patrícia Amaral Fernandes, e com o deputado federal Marcos Abrão, seu sobrinho. “E olha lá”, contrapõe um deputado.

Segundo, o deputado Marcos Abrão, do PPS, sem a base governista, não terá sequer condições de ser candidato “pra ganhar”. Na base, pode superar a marca dos 100 mil votos — se tanto. Fora da base, é candidato para no máximo 30 mil votos. Marcos Abrão tem trabalhado, como um leão, para manter a senadora na aliança Marconi Perillo-José Eliton. As bases de um candidato a deputado são mais fluidas e o líder do PPS percebe que, quanto mais persistir sua indefinição, mais vai perder apoio. Depois, será difícil reconquistá-las. Frise-se que seus “distritos” eleitorais começam a ser “invadidos” sem contemplação.

Virmondes Cruvinel e Vanderlan Cardoso ficam com Zé Eliton e não seguirão Lúcia Vânia se a senadora deixar a base aliada

Terceiro, os deputados estaduais Lissauer Vieira (PSB), Diego Sorgato (PSB) e Virmondes Cruvinel (PPS) e o empresário Vanderlan Cardoso, principal líder do PSB na Grande Goiânia, se Lúcia Vânia buscar novos caminhos, com Ronaldo Caiado ou Daniel Vilela, vão seguir com o candidato do PSDB a governador de Goiás em 2018, José Eliton. A rebelião mal começou. Mas é um fato incontestável.

Fica a pergunta: sem suas bases, o que, de fato, Lúcia Vânia pode acrescentar para as chapas de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela?

Cabe outra pergunta: a senadora tem votos “autônomos” ou os votos que recebe são, em larga medida, de sua bases políticas? Uma coisa é certa: ela soma. Mas, sem Marconi Perillo e Demóstenes Torres noutros pleitos, teria sido eleita? Vale ressaltar que Iris Rezende (PMDB), numa disputa para o Senado, quase a superou. Ela ganhou graças à base, que, trabalhando de maneira intensa, conseguiu barrar a ascensão do decano peemedebista.

Nos bastidores, aliados dizem que Lúcia Vânia está cada vez mais próxima do governador Marconi Perillo e do vice-governador José Eliton. É o que esperam seus aliados.