As tratativas para aliança entre PT e PSDB estão se dando entre os dirigentes nacionais. Desde que se lançou candidato ao governo do Estado, o tucano Marconi Perillo, buscou intensificar as conversas já existentes com a cúpula petista para afinar a aliança. Fontes ligadas às duas siglas apontam estão próximos de bater o martelo sobre uma composição de Marconi e PT.

Há resistência nos dois partidos. Uma parte dos tucanos goianos acreditam que tem mais a perder em uma aliança com o PSDB, principalmente entre o setor produtivo e com aqueles ligados ao agronegócio. Do lado petista também há quem torça o nariz para a aliança. O vereador Mauro Rubem é um dos que trata Marconi Perillo como inimigo político.

Entretanto, toda essa resistência não deve impedir a aliança. Uma das razões é que as negociações estão se dando em nível nacional. Algumas das conversas feitas diretamente entre o candidato tucano e Lula, conforme fontes do PT. O que o líder maior do partido definir, será acatado em Goiás.

Outro motivo que minimiza as resistências é o fato de Marconi Perillo condiciou o lançamento de sua candidatura ao governo a liberdade para negociar as alianças livremente e com apoio dos correlegionários.

Do lado do PSDB o assunto ainda é tratado de forma tímida. Membros do partido preferem esperar os próximos passos de Marconi Perillo. Do lado petista, embora haja cautela, há sinais mais explícitos sobre a aliança com PSDB. A presidente do PT em Goiás, Kátia Maria, reconhece que se houve disposição em apoiar Lula ainda no primeiro turno, o partido dos trabalhadores querem dialogar e até compor. “Com aqueles que apoiam Lula, vamos dialogar e ver quem agrega mais. Com certeza estamos abertos a avaliar”, diz a dirigente petista quando questionada se o partido poderia abrir mão da cabeça de chapa – hoje ocupada por Wolmir Amado – para o PSDB.