PT de Antônio Gomide está se aproximando do MDB de Daniel Vilela

15 julho 2018 às 00h00

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Petista sugere que, sem aliança com o emedebismo, o PT pode não eleger nem mesmo o deputado Rubens Otoni

Um petista experimentado diz que o PT goiano está entre o Céu e o Inferno. “Se quiser fazer figuração, vamos bancar Kátia Maria para governadora e Luis Cesar Bueno para senador. Nenhum tem chance de ser eleito.”
O petista afirma que respeita Kátia Maria e Luis Cesar, mas que, se o partido quiser ser realista, tem de “mudar a conduta”. “Do jeito que está, periga de até Rubens Otoni, nosso único deputado federal, não ser reeleito. Sua derrota seria um terremoto no partido. Perderíamos, de cara, dimensão nacional. Se queremos elegê-lo, e nós queremos e precisamos, é preciso mudar táticas e estratégia.”
A principal mudança, na opinião do petista, é a retomada de conversações com o pré-candidato do MDB, deputado federal Daniel Vilela. “Tanto o PT quanto o MDB estão com dificuldades para o pleito deste ano. Porém, é óbvio que, para o governo, Daniel tem mais chance de vitória do que Kátia Maria. Nós, com um tempo de televisão excepcional e uma estrutura razoável em todo o Estado, podemos ajudá-lo.”
Como ficaria uma composição da chapa majoritária no caso de união entre o MDB e o PT? “Se a coligação ficar ‘pequena’, nós podemos lançar Luis Cesar Bueno ou Antônio Gomide para senador e Kátia Maria para vice. Entretanto, se o PP decidir pelo apoio a Daniel, nós podemos indicar o candidato a senador ou a vice. A preferência é pelo Senado.”
O importante, sugere o petista, é que uma coligação entre o MDB e o PT pode garantir, além da vitória de Rubens Otoni para deputado federal, a eleição de pelo menos três deputados estaduais — como Antônio Gomide, Adriana Accorsi e Mauro Rubem. “Sem a aliança, corremos o risco de não elegermos nenhum deputado federal e apenas um ou dois deputados estaduais. Nossa situação não é nada confortável, mas temos capital eleitoral para somar forças com o emedebismo.”