PSDB pode perder três deputados federais: Waldir Soares, João Campos e Alexandre Baldy

30 maio 2015 às 12h55

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O PSDB de Goiás está se tornando “pequeno” para tantas estrelas. Por isso, de olho nas eleições tanto de 2016 quanto de 2018, três deputados federais — Alexandre Baldy (iria para o PTB), João Campos (cotado para comandar o PTN) e Waldir Soares (o PHS está de olho gordo em seu passe) — podem deixar o partido.
João Campos confidenciou para um deputado e para um líder partidário que, no PSDB, não há mais espaço para crescer. Planejou disputar a Prefeitura de Goiânia, mas recebeu uma informação, meio enviesada, de que “precisa” respeitar a “fila”. Por sinal, o tucano não sabe como se organizou uma fila na qual aqueles que detêm mandato — como Waldir, Fábio Sousa e ele próprio — não podem entrar. O próximo projeto de Campos é disputar mandato de senador. Porém, pelo PSDB, sabe que não tem chance, porque o meio de campo está congestionado. Uma “vaga” seria do governador Marconi Perillo. A outra de Vilmar Rocha (PSD), com Lúcia Vânia correndo por fora, como postulante do PSB. A saída? Só uma: deixar o PSDB.
Baldy tem três sonhos: comandar o PSDB de Goiás e disputar a Prefeitura de Anápolis e o governo de Goiás. O primeiro foi para as calendas. Waldir quer disputar a Prefeitura de Goiânia, mas sabe que, pelo PSDB, não dá.
Waldir admite que, mesmo sendo o campeão de votos para deputado federal, “está na rabeira da fila”. Por isso, se quiser disputar mandato de prefeito, terá de trocar o PSDB por outra legenda — como o PHS, o Pros ou o PTN. No PSDB da capital, será um eterno coadjuvante.
Tanto que, sem nenhuma sutileza, estão tentando empurrá-lo para a disputa de Aparecida de Goiânia, o que ele não quer de maneira alguma. Uma curiosidade: as pesquisas que incluem Iris, Vanderlan e Waldir mostram que este retira mais votos do primeiro do que do segundo. Na prática, Waldir está “segurando” o crescimento do peemedebista — competindo, de igual para igual, sobretudo nos bairros mais pobres e periféricos da capital. O eleitorado de Vanderlan é menos infenso ao “ataque” de Waldir.
Já para Baldy o PSDB reservou uma espécie de papel: o quer disputando a Prefeitura de Anápolis, em 2016, e só. Depois, na opinião de tucanos de bico longo, se fizer uma gestão eficiente — isto se for eleito, é claro —, pode disputar o mandato de governador depois das eleições de 2018. Antes, não; terá de respeitar a “fila” — que, no momento, tem o vice-governador José Eliton (PP) no pelotão de frente, seguido de perto pelo secretário Thiago Peixoto (PSD) e pelo deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB). Maldosamente, um tucano diz que o verdadeiro partido de Baldy é o PSDB, mas desde que sejam arrancadas duas letras, D e B, ficando tão-somente PS — Partido do Sogro.