PSDB lança candidato a prefeito de Pirenópolis com vice do PSL de Waldir Soares
13 setembro 2020 às 00h00
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Se Nivaldo Melo não puder ser candidato, Altamir Mendonça pode ser a aposta do Progressistas no município
Em Pirenópolis é assim: há um rei, Nivaldo Melo, do Progressistas, e os plebeus — todos os demais candidatos a prefeito.
Brincadeira à parte, Nivaldo Melo é apontado como favoritíssimo. Mas há uma pedra gigante no seu caminho: uma condenação em segunda instância — considerada incontornável por juristas gabaritados. O ex-prefeito tinha esperança de que poderia disputar e, por isso, não preparou um sucessor.
Pelo contrário, Nivaldo Melo preparou um vice, Eustáquio Figueiredo, mas esqueceu de articular um candidato para, no caso de não poder disputar — o que parece definido — lançá-lo. A saída agora é bancar Eustáquio Figueiredo? Não se sabe. Porque o ex-prefeito se mantém silente (ele chegou a procurar Marconi Perillo, que avisou que já tinha candidato). Mas o tempo está passando. O partido Progressistas tem apenas três dias para definir um substituto e precisa ultimá-lo, para não cair no “não tem candidato, então vai tu mesmo”.
Por saber das dificuldades — insista-se: ditas incontornáveis por juristas — de Nivaldo Melo, outro líder do PP, Altamir Mendonça, colocou seu nome à disposição. Mais: aliados garantem que, se Nivaldo Melo não puder disputar, Altamir Mendonça será mesmo o candidato.
A novidade política do município, que está chamando a atenção do Estado, é a união entre o PSDB do ex-governador Marconi Perillo e o PSL do deputado federal Delegado Waldir Soares.
O PSDB banca o vereador André Pio para prefeito e o PSL banca Marcelo Louredo da Cunha (DEM) para vice. Marcelinho da Farmácia (que foi do Democratas) foi eleito o vereador mais bem votado nas duas últimas eleições. É popularíssimo. O Delegado Waldir deu apoio total à aliança. “O PDT também pode me apoiar”, afirma André Pio. “Mas ainda não estamos fechados, devo esclarecer.”
A convenção do PSDB será realizada na quarta-feira, 16.
O prefeito João do Léo — que deixou cidade ao léu, segundo os empresários do ramo turístico, que quase foram para o beleléu — perdeu aliados, está isolado, mas sustenta que vai disputar a reeleição. Comenta-se que só há dois tipos de eleitores em Pirenópolis: os que rejeitam João do Léo e os que gostariam de vê-lo cassado.
Há aliados de João do Léo que dizem que ele pode bancar Júnior Capela (Podemos) para prefeito. Mas outro aliado é peremptório: “Joao do Léo é topetudo, vai para a disputa e não apoia Júnior Capela, que considera fraco”.
Paulo Daiam, que era a aposta do MDB, é apontado como possível vice do candidato bancado por Nivaldo Melo. Ele chegou a articular com André Pio, mas as conversas não foram adiante.