Se Nivaldo Melo não puder ser candidato, Altamir Mendonça pode ser a aposta do Progressistas no município

Gustavo Sebba, deputado estadual, André Pio, candidato a prefeito pelo PSDB, e o ex-governador Marconi Perillo | Foto: Reprodução

Em Pirenópolis é assim: há um rei, Nivaldo Melo, do Progressistas, e os plebeus — todos os demais candidatos a prefeito.

Brincadeira à parte, Nivaldo Melo é apontado como favoritíssimo. Mas há uma pedra gigante no seu caminho: uma condenação em segunda instância — considerada incontornável por juristas gabaritados. O ex-prefeito tinha esperança de que poderia disputar e, por isso, não preparou um sucessor.

Nivaldo Melo: favorito, mas a Justiça diz que não pode disputar mandato de prefeito em 2020 | Foto: Divulgação

Pelo contrário, Nivaldo Melo preparou um vice, Eustáquio Figueiredo, mas esqueceu de articular um candidato para, no caso de não poder disputar — o que parece definido — lançá-lo. A saída agora é bancar Eustáquio Figueiredo? Não se sabe. Porque o ex-prefeito se mantém silente (ele chegou a procurar Marconi Perillo, que avisou que já tinha candidato). Mas o tempo está passando. O partido Progressistas tem apenas três dias para definir um substituto e precisa ultimá-lo, para não cair no “não tem candidato, então vai tu mesmo”.

Por saber das dificuldades — insista-se: ditas incontornáveis por juristas — de Nivaldo Melo, outro líder do PP, Altamir Mendonça, colocou seu nome à disposição. Mais: aliados garantem que, se Nivaldo Melo não puder disputar, Altamir Mendonça será mesmo o candidato.

Altamir Mendonça quer ser candidato a prefeito | Foto: Divulgação

A novidade política do município, que está chamando a atenção do Estado, é a união entre o PSDB do ex-governador Marconi Perillo e o PSL do deputado federal Delegado Waldir Soares.

O PSDB banca o vereador André Pio para prefeito e o PSL banca Marcelo Louredo da Cunha (DEM) para vice. Marcelinho da Farmácia (que foi do Democratas) foi eleito o vereador mais bem votado nas duas últimas eleições. É popularíssimo. O Delegado Waldir deu apoio total à aliança. “O PDT também pode me apoiar”, afirma André Pio. “Mas ainda não estamos fechados, devo esclarecer.”

A convenção do PSDB será realizada na quarta-feira, 16.

João do Léo, prefeito de Pirenópolis | Foto: Reprodução

O prefeito João do Léo — que deixou cidade ao léu, segundo os empresários do ramo turístico, que quase foram para o beleléu — perdeu aliados, está isolado, mas sustenta que vai disputar a reeleição. Comenta-se que só há dois tipos de eleitores em Pirenópolis: os que rejeitam João do Léo e os que gostariam de vê-lo cassado.

Há aliados de João do Léo que dizem que ele pode bancar Júnior Capela (Podemos) para prefeito. Mas outro aliado é peremptório: “Joao do Léo é topetudo, vai para a disputa e não apoia Júnior Capela, que considera fraco”.

Paulo Daiam, que era a aposta do MDB, é apontado como possível vice do candidato bancado por Nivaldo Melo. Ele chegou a articular com André Pio, mas as conversas não foram adiante.