A tendência é que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), solicite ao governo federal — leia-se os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa — três nomes de economistas com experiência em gestão estadual. Um deles será, possivelmente, escolhido.

O governo de Goiás precisa de interlocução com Brasília por vários motivos. Primeiro, por causa da questão do ICMS. Segundo, devido ao Regime de Recuperação Fiscal. Terceiro, por conta de possíveis empréstimos. E, claro, há outras questões.

O secretário de Economia precisa ter interlocução com o governo federal. Tecnicamente. Mas não pode ter resistência política.

A secretária de Economia, Cristiane Schmidt, é competente e responsável. Mas não é isto que está em questão agora. Dada sua ligação com o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, a doutora em economia não é bem-vista nos gabinetes de Brasília. “La Schmidt é uma chicago-woman do guedismo”, afirma um petista.

Pode-se dizer que Cristiane Schmidt está em queda livre? Ainda não. Há quem postule que, no momento, a economista batalha para assumir a presidência da Saneago. “Mas não pode pôr a faca no pescoço de um governador como Ronaldo Caiado, cioso de sua autoridade”, afirma um deputado.