Homenagem ao ex-prefeito de Goiânia pode acabar judicializado
Há parlamentares que defendem que ex-prefeito Iris Rezende seja homenageado rebatizando a Av. Castelo Branco | Foto: Reprodução
O embate entre as forças favoráveis e contrárias à mudança de nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado promete agitar novamente a pauta da Câmara de Goiânia nesta semana.
De um lado, estão vereadores, emedebistas e movimentos anti-ditadura favoráveis à mudança na denominação. De outro, comerciantes e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que querem manter o nome de Castelo Branco sob o argumento de que a alteração cria despesas extras para os empresários instalados na avenida.
Na quinta-feira, 16, a disputa acabou levando à suspensão da sessão plenária depois que grupo de comerciantes foi à Câmara de Goiânia para pedir a manutenção do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) à proposta. Com a inclusão do veto na ordem do dia, a pauta de votações fica travada até que os vereadores tomem uma decisão sobre a manutenção ou rejeição da matéria.
Embate jurídico
Entre os embates que polemizam a mudança de nome da Avenida Castelo Branco para Iris Rezende Machado está a compreensão jurídica sobre a alteração.
A Procuradoria da Prefeitura justifica o veto afirmando que a alteração não pode ser feita sem consulta popular. Já a Procuradoria da Câmara de Goiânia sustenta que a exceção estabelecida pela Lei Orgânica para permitir que nomes de representantes de regimes autoritários, nazistas e fascistas atribuídos a logradouros públicos sejam substituídos derruba a consulta pública para esses casos.
“Goiânia pode se tornar modelo simbólico para o país com a derrubada do veto. A capital estaria trocando a denominação de uma das avenidas mais importantes de um ditador para um democrata. Iris está entre os políticos brasileiros que mais lutou pelo fim do regime militar e pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente”, afirma uma fonte da Câmara de Goiânia.
Sobre a relação entre Prefeitura e a Câmara em meio ao embate, essa mesma fonte diz: “Está muito claro que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) procurou, com o veto, deixar a decisão para o Legislativo, que é o ambiente adequado para esse tipo de debate.”
será que os legistas vão permitir esse absurdo. Investiram décadas em publicidade, e agora falam em mudança de nome do endereço. Vão trabalhar seus ……………..