Promotor e doutor em História defende união para que um jurista de Goiás chegue ao STF

30 setembro 2020 às 22h33

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Jales Guedes Coelho Mendonça afirma que há magistrados qualificados no Estado e que teriam excelente desempenho no Supremo Tribunal Federal
Nilson Jaime
Em palestra pelo You Tube, no último dia 25, discorrendo sobre o tema “A invenção de Goiânia e suas repercussões políticas e sociais”, o promotor de justiça e doutor em História pela UFG Jales Guedes Coelho Mendonça defendeu que Goiás se una, para que tenha novamente um representante no Supremo Tribunal Federal (STF), após 115 anos.
O evento foi promovido pela Comissão Permanente de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em parceria com a Diretoria Cultural da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) e Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Esmeg).
Ao lado dos desembargadores Itaney Campos, mediador do programa, e dos também desembargadores Olavo Junqueira de Andrade e Norival Santomé, debatedores, Jales Mendonça lembrou que já se passaram 115 anos, desde que o único representante goiano — o ministro Guimarães Natal — tomasse assento na suprema corte de Justiça do país, durante o governo do presidente Rodrigues Alves.
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Para ele, foi fundamental para a indicação de Natal a força do então ministro da Fazenda do governo Rodrigues Alves, Leopoldo de Bulhões.
Informa o historiador que Guimarães Natal foi ministro do STF por 22 anos, ocupando, inclusive, o cargo de procurador-geral da República em 1909 e 1910, período em que tal posto era ocupado obrigatoriamente por um membro do Supremo.
Maior autoridade goiana hoje no estudo da década de 1930, quando foi fundada Goiânia, e autor de dois livros sobre o tema, Jales Mendonça lembra que Goiás possui juristas com bom trânsito em Brasília, a exemplo do próximo presidente do TJGO, desembargador Carlos Alberto França, e do assessor do procurador-geral da República, promotor de justiça Carlos Vinícius Alves Ribeiro, dentre outros.
O pesquisador ressalta que, recentemente, o ministro Castro Filho desempenhou com competência o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Só com união Goiás terá um jurista no STF”, concluiu.
O programa, que durou quase três horas, contou com a participação de dezenas de assistentes, dentre magistrados, promotores de Justiça, historiadores e professores, com centenas de acessos posteriores no YouTube.
Confira a íntegra do debate