Interlocutores do prefeito manifestaram preocupação com os prazos e chegaram a falar em expectativa de convocação do Legislativo para a votação da matéria

Nos bastidores do recesso parlamentar da Câmara de Goiânia, o envio, pela Paço Municipal, do projeto de lei que propõe a criação da Taxa de Limpeza Pública, ou taxa para o lixo. Na avaliação de vereadores independentes e da base, a votação da matéria, prevista para o segundo semestre, será o primeiro teste real de fidelidade da base de apoio do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

O projeto foi protocolado no final da tarde de quarta-feira, 14, quando a mesa diretora da Câmara de Goiânia já havia decretado, com antecipação de uma sessão ordinária, o encerramento das atividades legislativas do primeiro semestre. Na sexta-feira, 16, interlocutores do prefeito manifestaram preocupação com os prazos de votação e chegaram a falar em expectativa de convocação do Legislativo para a votação da matéria.

A semana teria se encerrado, no entanto, com a ideia de convocação descartada, entre outras razões pelo teor polêmico do projeto – a taxa repercute como a emissão de mais um boleto para o cidadão em meio à pandemia – e pela resistência da Casa em promover sessões extras para votar matéria impopular. As primeiras sondagens sobre a possibilidade de convocação foi “extremamente mal recebida” por vereadores experientes, revelou um interlocutor próximo de Cruz.