Pressão do PP vai levar o ministro Baldy a apoiar José Eliton
17 junho 2018 às 00h00

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Em 2010, o partido ficou dividido e parte seguiu Marconi Perillo. Em 2018, em caso de divisão, não será diferente

Há um consenso no PP: o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, vai ficar quieto, pelo menos até o final de julho —quando o quadro político possivelmente estará mais claro —, para não prejudicar suas ações administrativas no governo federal. O presidente Michel Temer tem cobrado mais ação, em termos de gestão, e menos politiquice. Por isso, Baldy visita todo o país, e não apenas Goiás, onde faz política eleitoral.
Baldy tem simpatia pelo candidato do MDB, Daniel Vilela. É um fato. Mas ele disse, com todas as letras, que vai ficar com o candidato a governador que for indicado pelas bases do PP, partido que preside. No caso, as bases querem seguir o governador José Eliton, pré-candidato à reeleição.
“Baldy tem se comportado de maneira democrática e, como sabe que a base quer apoiar a reeleição do governador José Eliton, vai seguir o mesmo caminho. O PP e Baldy vão caminhar com a base aliada. Quem disser diferente não entende como funciona o partido. Em 2010, o partido queria apoiar Marconi Perillo para governador, mas o então governador Alcides Rodrigues decidiu que deveria apoiar Vanderlan Cardoso. Resultado: o PP ficou dividido, mas parte, como os deputados Roberto Balestra e Sandes Júnior, continuou com o tucano. Baldy conhece a história do partido: Balestra, Sandes e Heuler Cruvinel, além dos prefeitos, vão apoiar José Eliton”, afirma um líder histórico do PP.
Um detalhe chama a atenção: o PP goiano nunca seguiu determinações externas — seja de Ciro Nogueira ou de outro político.