Pré-candidatura de Igor Franco leva “balde de água fria” em meio a articulações de CEI na Câmara

27 agosto 2025 às 21h37

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Não foi somente o cargo de líder do prefeito que o vereador Igor Franco colocou na corda bamba após suas últimas movimentações na Câmara. As articulações do parlamentar em torno do nascimento da Comissão de Inquérito Especial (CEI) da Limpa Gyn, instalada oficialmente na última semana, expuseram também uma suposta tentativa de chantagear o Paço Municipal que, no fim das contas, deve prejudicar um outro projeto pessoal do próprio vereador: a pré-candidatura a deputado federal.
Conforme apurado pela coluna Bastidores, enquanto líder do prefeito Sandro Mabel na Câmara Municipal, Igor, que tem planos de se lançar na corrida à Câmara dos Deputados em 2026, teria pedido o apoio a alguns colegas parlamentares às articulações para seu projeto político e, em troca, ele faria um intermédio maior em favor desses mesmos parlamentares para a obtenção de cargos e um espaço maior no Executivo. Em resumo: Igor teria se vendido como um “Super Man” com poderes que ele, na realidade, não tinha.
No entanto, ainda segundo apurado pela coluna, ao tentar dar o retorno aos colegas, Igor teria dado com “a cara na porta”. Conhecido pelo temperamento pouco tolerante a certas tratativas tradicionais da política, Mabel teria dado negativas contundentes a todos os nomes apresentados pelo seu líder para ocupar pastas na gestão municipal.
A situação explicaria, em partes, o fato de o vereador ter passado a se movimentar com tamanho entusiasmo pela criação da CEI da Limpa Gyn, o que pode ser lido quase como uma chantagem velada: “Dê-me o que quero, ou a CEI vai deslanchar”. Não colou.
A CEI, por óbvio, nasceu. Mas destaca-se: inevitavelmente, ela deve focar em atos da gestão passada, não da atual. E agora, Igor não só está com os dias contados na liderança do prefeito na Câmara, como também já está perdendo os cargos que já tinha (seu irmão Diogo Franco, que estava na Secretaria de Desenvolvimento, foi um dos primeiros a cair) e também o apoio de colegas parlamentares.