Mesmo sem a possibilidade de aliança no primeiro turno, especialmente por causa das mudanças legislativas, políticos acreditam que têm pontos em comum

Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel | Montagem/Arquivo

As eleições municipais deste ano têm uma novidade que muda a forma de se costurar alianças partidárias. Com a proibição de coligações proporcionais, no caso de 2020, para vereadores, a importância de se ter um candidato a prefeito aumenta. Sem um cabeça de chapa forte, a chapa para vereadores fica comprometida e a dificuldade de se atingir o coeficiente eleitoral aumenta.

Por isso, Goiânia terá uma miríades de candidatos a prefeito este ano. A fragmentação, inclusive, tende a favorecer o prefeito Iris Rezende (MDB), que seguramente terá votos suficientes para, ao menos, chegar tranquilo a um segundo turno – se houver. Assim, alianças no primeiro turno são inviáveis, o que não impede que as conversas para um hipotético confronto com o emedebista na segunda rodada da votação estejam em andamento.

É com esse pensamento que vários pré-candidatos têm se reunido constantemente. Seja em grupo, seja em bate-papos individuais. A semente está plantada desde o ano passado e está sendo cultivada, não por acaso, por um grupo oriundo da Câmara de Vereadores de Goiânia. Elias Vaz (PSB), Virmondes Cruvinel (Cidadania), Eduardo Prado (de saída do PV), Francisco Júnior (PSD), Dra. Cristina Lopes (que vai para o PL) fazem parte dele. Mesmo o senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem sido consultado.

Os detalhes de como essa ideia será colocada em prática ainda têm de ser afiados. Mas ela é vista com entusiamo por alguns, especialmente Elias Vaz e Virmondes Cruvinel. A tese que une o grupo é a renovação política e administrativa de Goiânia.