Ex-reitor da UFG prioriza contatos em cidades que tenham universidades públicas e institutos tecnológicos

Edward vai priorizar a busca de votos nas cidades “universitárias” | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Quando Edward Madureira foi candidato a deputado federal pela primeira vez, em 2014, uma das grandes dificuldades era conseguir superar a polarização e o clima conflituoso que já existia, à época, entre PT – a quem estava filiado o professor – e o PSDB. Era a fase em que um lado era chamado de “mortadela” e o outro de “coxinha”.

Tempos de disputa quase inocente em relação aos dias atuais, em que o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) por três vezes e 12 anos vai buscar de novo uma vaga na Câmara dos Deputados. E, depois de muito debate sobre o destino de sua filiação, ele volta à origem: o Partido dos Trabalhadores.

As condições parecem similiares e preocupantes, com o aumento da tensão entre os polos em disputa. Mais ainda em um Estado base para o agronegócio, em que a direita tem o governador e a população dá uma grande base para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mas, de fato, as condições são mesmo parecidas, o ambiente está bem mais favorável para pedir voto para o PT, garante Edward. “Está muito mais fácil do que oito anos atrás, até porque o contraponto é o atual presidente e as pessoas fazem essa avaliação crítica”, diz.

Assim como em 2014 – quando ficou com a primeira suplência do PT e quase 60 mil votos –, o eleitorado de Edward vai além do alcance ideológico da esquerda e da centro-esquerda. Muitos eleitores que votam na direita, mesmo em Bolsonaro, são simpáticos a seu nome e lhe comprometem o voto. De qualquer forma, ainda que não votem no PT para a Presidência, ele diz que levar o nome de Lula, agora, tem sido uma carga mais “leve” do que foi falar de Dilma.

Ainda na fase de pré-campanha, Edward quer visitar todas as cidades da região metropolitana de Goiânia e todas as que tenham uma universidade pública ou instituto tecnológico. Ao todo, são cerca de 40 municípios.

Uma boa notícia para o professor: nas pesquisas qualitativas sobre o que as pessoas querem priorizar como pauta, a educação está sempre no topo da lista de demandas.