O partido planeja fazer oposição ao governo de Ronaldo Caiado, ainda que moderada, para se cacifar para 2022

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, do MDB, disse publicamente que não vai disputar a reeleição em 2020, daqui a um ano e nove meses. Verdade? Talvez. A aliados mais íntimos, o alcaide diz outra coisa: fala que, se conseguir fazer as obras que planejou e se sua popularidade melhorar, vai para a disputa. Um de seus objetivos é barrar a candidatura de Maguito Vilela a prefeito da capital. O irismo avalia que, se Iris Rezende enfatizar que não será candidato, no dia seguinte Maguito Vilela — ou seu filho, Daniel vilela — se lança candidato a prefeito. Para barrá-lo, o decano de 85 anos pode disputar o quinto mandato na cidade construída por Pedro Ludovico.

O deputado Bruno Peixoto diz que, se Iris Rezende desistir do pleito, vai colocar seu nome. Mas há quem aposte que pode ser o vice de Maguito Vilela ou de Daniel Vilela.

O DEM tem dois nomes, o senador Wilder Morais e o deputado José Vitti, que ainda está filiado ao PSDB (no qual não fica nem que a vaca tussa em aramaico) e recebeu convite para se filiar ao PSB. Por falta de nomes, o PSDB deve bancar o vereador Anselmo Pereira. A vereadora Cristina Lopes, a Dra. Cristina, permanece filiada ao PSDB, mas comporta-se como integrante do PSB de Elias Vaz.

O PP estuda a possibilidade de bancar Vanderlan Cardoso. Mas há quem aposte que seu candidato a prefeito será Daniel Vilela. Sim, filiado ao PP. Há uma aposta de que a dupla Iris Rezende e Adib Elias vai vencer a queda de braço com Daniel Vilela e, com o apoio do governador eleito, Ronaldo Caiado, vai expurgá-lo do partido. Aí o jovem político cairia nos braços do PP. Este partido prepara um projeto para 2022, possivelmente com Vanderlan Cardoso ou Alexandre Baldy disputando o governo. Uma vitória de Daniel Vilela, além de tirá-lo do páreo da disputa de 2022, fortaleceria o PP e enfraqueceria o principal aliado de Ronaldo Caiado, o emedebismo de Iris Rezende.

O PP prepara um frentão político para a disputa nas maiores cidades de Goiás, como Goiânia, Anápolis (trabalha para conquistar o passe do prefeito Roberto Naves), Aparecida de Goiânia, e nas médias, como Rio Verde, Luziânia, Senador Canedo e Trindade. O objetivo é criar estrutura para a disputa do governo em 2022. Para não ser confundido com governistas, seus líderes devem fazer oposição ao governo de Ronaldo Caiado, ainda que de maneira moderada.