O governismo rejeita o fato de o ex-deputado manter os pés em duas canoas: a do governo e a das oposições

Alexandre Baldy, presidente do Progressistas | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

O deputado federal Adriano do Baldy reuniu-se com interlocutores do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, na tentativa de conter a debandada dos prefeitos do Progressistas rumo ao partido Democratas. Segundo uma fonte, não foi bem-sucedido, sobretudo porque não é a voz ativa do partido.

A maioria dos prefeitos do PP planeja se filiar ao Democratas. Primeiro, porque é o partido do governador Ronaldo Caiado. Segundo, porque perceberam que seu principal líder, Alexandre Baldy, está em rota de colisão com o governo do Estado.

Adriano do Baldy: o deputado federal não é a “voz ativa” do PP | Foto: Reprodução

Numa das conversas, Adriano do Baldy — que, se perder os prefeitos, não tem a mínima condição de se reeleger em 2022 — ouviu, de uma pessoa poderosa do governo, que o Progressistas — um recado direto para Alexandre Baldy — “não pode pisar em duas ‘canoas’, a do governo e das oposições, a mesmo tempo”.

Noutras palavras, a liderança do PP não deve fazer jogo duplo. Não pode dizer, na presença de governistas, que “é” governo, e, nos bastidores, ficar articulando com as oposições.

Se a debandada for efetivada, o Progressistas corre o risco de não eleger nenhum deputado federal em 2022 — o que enfraquecerá Alexandre Baldy tanto localmente quanto em Brasília. Frise-se que o deputado federal Professor Alcides Ribeiro não deve disputar a reeleição pelo PP. Ele está rompido com Alexandre Baldy. Os dois não se toleram e falam cobras, lagartos e sapos — todos “venenosos” — um dos outro. Há quem postule que vão acabar se estapeando.