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Wilder Morais, Demóstenes Torres, Lúcia Vânia e Vilmar Rocha avaliam que vai se eleger o candidato que mantiver estruturas políticas nos municípios

Jorge Kajuru, Wilder Morais, Lúcia Vânia, Demóstenes Torres e Vilmar Rocha: cinco grandes rivais na disputa pelo Senado

Por que Wilder Morais (PP), Demóstenes Torres (PTB), Lúcia Vânia (PSB) e Vilmar Rocha (PSD) querem disputar mandato de senador em 2018? Porque avaliam que, se uma vaga está praticamente reservada para o governador Marconi Perillo (PSDB), a outra não está garantida para ninguém.

O quarteto sugere que está no páreo pela segunda vaga, ao lado de Jorge Kajuru. E duvida que o vereador do PRP tenha condições de se eleger. Porque candidatos outsiders, que jogam praticamente sozinhos, têm dificuldade em disputas majoritárias. Postulantes populares, que saem bem nas pesquisas, ao menos na pré-campanha, costumam se desidratar durante a campanha — e exatamente por falta de estrutura. Eles vão aos municípios, fazem discursos até empolgantes, mas, quando vão embora, não deixam ninguém para pedir votos. Trata-se de uma visão tradicionalista? Pode ser. Porque, afinal, afinal há as redes sociais para manter o nome do político na memória coletiva (poucos usam as mídias sociais tão bem quanto Kajuru). Mas experts em campanhas eleitorais, sobretudo majoritárias, afirmam que o político que n&atil de;o mantém o mínimo de estrutura nas cidades não tem condições de ser eleito.

Embora já seja senador, Wilder Morais é visto, ao lado de Kajuru, como um dos fatos novos do pleito. Como era su­plente do ex-senador Demós­tenes Torres, não disputou, a ri­gor, eleição para a Câmara Alta. Empresário bem-sucedido, que venceu fora da política — saiu de baixo até se tornar um dos principais empresários de Goiás —, é um autêntico self-made man, o que, em geral, agrada os eleitores brasileiros. Tanto que sua história empolgou prefeitos e vereadores. Hoje, segundo o deputado federal Sandes Júnior, ele tem o apoio de pelo menos 90% dos prefeitos goianos — de praticamente todos os partidos, inclusive do DEM, do PMDB e do PT.

Lúcia Vânia é uma política experimentada, que conhece todo o Estado. A ressalva é que, candidata pela terceira vez, não representa mais novidade. Há quem frise que, para ela, o Senado se tornou um feudo e, por vezes, um fardo. Mas a senadora é politicamente hábil e sabre pressionar — para ser candidata — como poucos. Agora mesmo, na tentativa de se firmar na base governista, circulou com Daniel Vilela (PMDB) e, sobretudo, com Ronaldo Caiado (DEM). Chegou a se tornar habitué no gabinete de Iris Rezende, a quem, segundo um deputado do PMDB, teria perguntado se a apoiaria numa aliança com Caiado.

Demóstenes Torres é uma incógnita. Cassado, o ex-senador tenta retomar sua carreira política. Ele permanece popular, tem o apreço do eleitorado conservador, mas há duas pedras no seu caminho. Primeiro, não está totalmente liberado para a disputa. Segundo, o PTB quer uma vaga na chapa majoritária, mas tudo indica que pleiteia a vice — para o prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango — e não o Senado. Há petebistas que apostam na candidatura de Wilder Morais.

Vilmar Rocha corre por fora, mas tem o apoio incondicional de seu partido, o PSD. Há quem aposte que quer a suplência de Marconi Perillo. Ele afirma que planeja disputar o Senado.