Por que o deputado federal Alexandre Baldy trocou o PSDB pelo PTN? Há várias respostas possíveis. Primeiro, estaria insatisfeito com o governador de Goiás, Marconi Perillo, que, no lugar de abrir, estaria lhe fechando espaços. Segundo, a cúpula do PSDB não lhe deixou disputar a Prefeitura de Anápolis. Terceiro, queria um partido para chamar de seu? Quarto, buscava novos ares, mais libertários e menos controláveis pelas cúpulas? Verdade? Tudo falso. Não marque nenhuma das alternativas como correta.

O próprio Alexandre Baldy confidenciou a um deputado federal que o tucano-chefe abriu-lhe espaços generosos — como convidá-lo, quando era um “famoso desconhecido”, para ser secretário de Indústria e Comércio e, depois, incentivou-o a disputar mandato de deputado federal. Em Brasília, apresentou-o à cúpula do partido, que nunca tinha ouvido falar no seu nome.

Quanto à disputa em Anápolis, o deputado federal frisa que só não disputou a prefeitura pelo PSDB porque não quis, sobretudo porque estava e está empolgado com o mandato de deputado federal.

Então, perguntaria Alfred Hitchcock, o que aconteceu de fato? Alexandre Baldy contou para mais de um interlocutor que seu problema com o PSDB não era em Goiás, e sim em Brasília — com o senador Aécio Neves, presidente do partido.

Na CPI do BNDES, quando o parlamentar goiano queria pôr fogo no circo, revelando as falcatruas do banco, Aécio Neves estava sempre pedindo moderação. Quer dizer, não se comportou como líder de partido, e sim como defensor de interesses que não se sabe exatamente quais.