PMDB pode apostar em Iris Rezende ou no Delegado Waldir para prefeito de Goiânia
19 setembro 2015 às 19h01

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O dilema shakespeariano do PMDB de Goiânia é: ser Waldir Soares ou ser Iris Rezende. Líder nas pesquisas de intenção de voto, mesmo se disser que não quer — e quer, até com certo fervor —, o peemedebista-chefe deve ser pressionado por sua base política para disputar. Primeiro, porque tem chance de ser eleito. Segundo, se candidato, fortalece os postulantes a vereador. Portanto, exceto se ocorrer um terremoto, Iris é candidatíssimo a prefeito da capital de Goiás. Até as tartarugas das rotatórias dizem isto para os semáforos das ruas.
Entretanto, na avaliação de um ex-deputado peemedebista, um terremoto, “provocado” por um vulcão em erupção, de nome Waldir Soares, mais conhecido como Delegado Waldir, pode estar a caminho.
O ex-deputado diz que, se filiado ao PMDB, como se espera no caso da aprovação da “janela”, o Delegado Waldir pode ser seu candidato a prefeito de Goiânia. O peemedebista, ligado a Iris, exagera? É possível. Porque dificilmente, como favorito, Iris sairá do páreo. Muitos peemedebistas foram atropelados pelo peemedebista-chefe ao longo da história — casos de Maguito Vilela, em 1998, Henrique Meirelles, em 2010, e Júnior Friboi, em 2014. O Delegado Waldir poderia ser a mais nova vítima.
Na verdade, o Delegado Waldir prefere disputar a prefeitura pelo PSDB, porém, como sabe que o trânsito está congestionado, pode se filiar noutro partido. O tucano não gostaria de trocar de partido porque não quer ficar com a imagem de “vira-folha” logo no início de sua vida política. Mas, se for rifado da disputa, tende a buscar outro caminho. O PROS o espera de braços abertos; entretanto, sem janela, nada feito. O Partido Novo o quer? Por suas linhas programáticas, é complicado.
Tese do Delegado Waldir: como foi eleito com votos próprios, quase 300 mil, praticamente não dependeu dos votos do PSDB. O mandato, pois, seria seu — não do partido.