PMDB de Goiás vai disputar o passe político do deputado federal Ronaldo Caiado ou de Antônio Gomide

26 abril 2014 às 14h36

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O PMDB, tanto o grupo de Iris Rezende quanto o de Júnior Friboi, torce, de manhã, à tarde e à noite, para que a base do governador Marconi Perillo “dispense” o deputado federal Ronaldo Caiado e o rejeite como candidato a senador. Os peemedebistas sugerem que uma candidatura-solo, em função de uma única candidatura, pode dinamitar o DEM. A maioria dos integrantes do partido apoiaria a reeleição do governador Marconi Perillo e deixaria seu principal líder na chapada — sem nenhuma estrutura consistente. O resultado é que, dependendo de como armará o seu jogo político, Caiado pode contribuir para praticamente extinguir o partido em Goiás, que hoje tem um deputado federal e um deputado estadual (Helio de Sousa).
A prioridade do PMDB não é, porém, Caiado, e sim Antônio Gomide, o pré-candidato a governador pelo PT. Acredita-se, entre os peemedebistas, que, na agora agá, Gomide aceitará compor com o peemedebismo, possivelmente como candidato a senador. Na semana passada, Gomide disse ao Jornal Opção que será candidato a governador e que não deixou a Prefeitura de Anápolis, a segunda mais importante de Goiás, para ser candidato a senador ou a vice.
O PMDB irista sugere que, de fato, não tem dinheiro para bancar uma campanha inflacionada. Mas acredita que, ao contrário de Friboi, tem mais chances de conquistar tanto Caiado quanto Gomide. Se candidato a governador, Iris, na opinião dos iristas, não teria dificuldade para compor com Caiado e este não teria dificuldade para compor com Iris. Os dois políticos se respeitam e mantêm um canal de conversação amigável. A chapa poderia ser a seguinte: Iris (governo), Friboi (vice) e Caiado (Senado) ou então Iris (governo), Friboi (vice) e Gomide (Senado).
Tanto Gomide quanto Caiado são refratários a Friboi. A resistência de Gomide ao empresário é político-ideológica. O PT teme ficar com a imagem de que foi “comprado”. Caiado, como representante do agronegócio, do ruralismo, dificilmente teria condições de apoiar o integrante da família que controla o frigorífico Friboi, o que tem mais contencioso com os pecuaristas de Goiás.