“José Maria Machado de Assis” planeja disputar a Prefeitura de Planaltina e, para tanto, precisa se filiar a um partido político. Pensando grande, filia-se logo ao PL da dupla dinâmica Wilder Morais, senador, e Major Vitor Hugo, ex-deputado federal.

Pronto: “José Maria” agora tem um bom partido, com farto fundo eleitoral, e vai concorrer na primeira fila. Com chance de vitória.

Evidentemente, “José Maria” é um nome fictício (o favorito em Planaltina é o prefeito Delegado Cristiomário Medeiros). O objetivo da nota é sugerir que, a partir dos últimos acontecimentos, “José Maria” pode acabar sem partido para disputar a eleição de 6 de outubro deste ano, daqui a sete meses e alguns dias? Pode ser. Mas a tendência é que o PL seja mantido no jogo.

Valdemar Costa Neto: prisão “desmoraliza” o presidente do PL | Foto: reprodução/Metrópoles

Documento sobre a conspiração golpista contra a democracia foi encontrado no escritório do PL, partido presidido pelo suposto “garimpeiro” Valdemar Costa Neto, que está preso (o ministro Alexandre Moraes mandou soltá-lo). Se ficar comprovado que o PL participou, direta (como articulador) ou indiretamente (por meio de alguns de seus membros), de alguma ação golpista, há a possibilidade de o registro do partido ser cassado? Há quem postule que sim. Outros sugerem que não.

Então, como os políticos são realistas, muitos deles já estão correndo do PL. Não vão mais se filiar ao partido para a disputa de 2024? Por que correm o risco de, na hora agá, o registro da candidatura, descobrirem que não têm um partido, e sim um ex-partido? Como se disse, a tendência é que o registro seja mantido.

Advogados sugerem que não será fácil cassar o registro do partido, um dos maiores do país. Mas, ao mesmo tempo, postulam que não é impossível. Por isso, aquele que se filiar ao PL, neste momento, tem, pelo menos, de ficar atento aos desdobramentos nacionais sobre a conspiração contra a democracia articulada pelo bolsonarismo, com o suposto apoio do Partido Liberal. (E.F.B.)