Pesquisa Ipec: bolsonarismo e Ibaneis atropelaram Flávia na disputa do Senado

Eram favas contadas: o PL faria uma senadora no Distrito Federal — Flávia Arruda, deputada federal e mulher do ex-governador José Roberto Arruda (PL).

Mas o presidente Jair Bolsonaro (PL), por intermédio de Michelle Bolsonaro, decidiu colocar um drummond gigante no caminho dos Arruda — a ex-ministra Damares Alves, do Republicanos.

Nas conversas privadas, e depois nas públicas, tanto Bolsonaro quanto Michelle Bolsonaro anunciavam que Damares Alves era sua candidata a senadora em Brasília.

O governador do DF, Ibaneis Rocha, teoricamente apoia Flávia Arruda, que faz parte de sua chapa, para senadora. Na prática, não é bem assim. Começando a cair nas pesquisas, ameaçado diretamente por Leandro Grass, do PV, Ibaneis Rocha “grudou” em Damares Alves, por causa de sua popularidade, e deixou a candidata do PL a ver navios. (Há indícios de que Ibaneis Rocha não quer José Roberto Arruda forte politicamente em Brasília. Flávia Arruda é “vítima” de seu jogo.)

A situação de Flávia Arruda é das piores. No sábado, 1º, uma pesquisa do Ipec mostrou Damares Alves com 43% e a deputada federal com 32% — em queda livre. A diferença, aparentemente incontornável, é de 11 pontos.

A terceira colocada, a petista Rosilene Corrêa (goiana de Petrolina), aparece com 15%. Yara Prado, do PSDB, tem 4%. Demais candidatos: Joe Valle (3%), do PDT, Tenente-coronel Sousa Júnior (1%), do DC, Pedro Ivo Mandato Coletivo (1%), da Rede, Dr. Carlos Rodrigues (1%), do PSD.

Hélio José (Pros), Marcelo Hipólito (PTB), Elcimara Souza (PSTU) e Expedito Mendonça (PCO) não obtiveram 1%.

A Rede Globo é a contratadora do Ipec. A pesquisa entrevistou 2 mil eleitores, de 29 a 1º de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-04016/2022.