Responsáveis pela “pesquisa” podem pagar multa de 53,3 mil reais ou de 106,4 mil reais

A onda das fakes news chegou em Catalão. Circulou neste final de semana cidade pesquisa eleitoral grosseiramente falsificada, supostamente contratada pelo jornal “O Popular” e atribuída ao Serpes.

No levantamento, há indícios claros da autoria da falsificação, uma vez que o sindicalista Rodrigão, atual vereador do Solidariedade na cidade, aparece disparado na dianteira, bem à frente dos demais pré-candidatos a deputado estadual no município. Tanto o instituto Serpes como o jornal “O Popular” desconhecem a pesquisa.

A começar pelo universo pesquisado de 1.387 eleitores, muito além do patamar de 450 eleitores que é o padrão adotado para cidades do tamanho de Catalão, passando pela margem de erro e pelo resultado, que deveria ser estimulado e não espontâneo, a “pesquisa” fake, apesar de ter a logormarca de “O Popular”, não foi publicada pelo jornal nem está registrada na Justiça Eleitoral, como determina a legislação.

O ano eleitoral de 2018 já começou e as penalidades para quem divulgar pesquisas sem registro da Justiça Eleitoral estão prevalecendo. Está proibida, desde 1o. de janeiro, a divulgação de pesquisas eleitorais ou enquetes que não estejam devidamente registradas na Justiça Eleitoral. Qualquer publicação sem registro sujeita os responsáveis à pena de multa, que pode variar de R$ 53,3 mil a R$ 106,4 mil.

Divulgar pesquisas fraudulentas é crime passível de pena de detenção de seis meses a um ano, além da multa. Especialistas recomendam que, antes de divulgar ou compartilhar qualquer tipo de pesquisa de intenção de votos, veículos de imprensa e eleitores verifiquem a procedência da mesma e, principalmente, se estão registradas na Justiça, sob pena de multa e detenção.