Pesquisa: Flávia Arruda supera todos os adversários para o Senado, mas pode disputar o governo do DF
Euler de França Belém
16 junho 2022 às 11h45
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Ibaneis Rocha luta para a deputada figurar na sua chapa. Mas, como apoia Simone Tebet, pode tê-la como adversária em 2 de outubro
Pesquisa de intenção de voto do Instituto Opinião Política, encomendada pelo jornal “Correio Braziliense”, mostra a deputada federal Flávia Arruda, do PL, em primeiro lugar em todos os cenários.
Primeiro cenário
No primeiro cenário, Flávia Arruda tem 36,9%. A segunda colocada é a ex-ministra Damares Alves, com 10,1%. A goiana Rosilene Corrêa, do PT, aparece com 6,3%. A deputada Paula Belmonte, do Cidadania, quarta colocada, tem 6,1%. O ex-senador Gim Argello, do Pros, vem em seguida, com 5,8% (ele foi preso e, agora, pretende retornar à política). O último colocado é Paulo Roque, do Novo, com 3,1%. A pesquisa revela que 26,1% dos eleitores informaram que votarão em branco ou nulo. Não souberam avaliar representam 5,8%.
Segundo cenário
No segundo cenário, Flávia Arruda tem 31,3%. O senador José Antônio Reguffe, do União Brasil, aparece em segundo lugar com 11,9%. Damares Alves e o empresário Paulo Octávio (PSD) estão empatados em terceiro, com 9,6%. Rosilene Corrêa tem 6,7%. Gim Argello tem 3,8% e Paulo Roque tem 2,4%.
20,3% dos eleitores disseram que votarão em branco ou nulo e 4,2% não souberam responder.
Terceiro cenário
No terceiro cenário, Flávia Arruda aparece com 34%, seguida de Reguffe, que tem 12,1%. O terceiro colocado é Paulo Octávio, com 9,3%. Rosilene Corrêa pontua com 7%. Seguida de Paula Belmonte, com 4,6%. Gim Argello tem 4,1%. Paulo Roque aparece com 2,4%.
20,3% dos eleitores disseram que vão votar em branco ou vão anular o voto (número alto). 4,2% informaram que estão indecisos.
O Instituto Opinião Política ouviu 1.159eleitores, entre 9 e 11 de junho. A pesquisa está registada na Justiça Eleitoral sob o número DF-05367/2022.
Quadro de indefinição
A liderança de Flávia Arruda é incontestável, mas o quadro permanece indefinido. Primeiro, porque ainda não há campanha.
Segundo, o número de eleitores que dizem que não irão votar ou anularão o voto é alto.
Terceiro, embora Flávia Arruda insista que vai disputar o Senado, há quem postule que, se o presidente Jair Bolsonaro pedir, pode disputar o governo do Distrito Federal.
Quarto, a possibilidade de composições políticas pode mudar o quadro eleitoral. Quinto, uma frente de esquerda pode acabar pontuando melhor nas urnas, dependendo da força de Lula da Silva, do PT, em Brasília.
José Roberto Arruda
No momento, o ex-governador José Roberto Arruda, do PL, está inelegível. Mas ele está tentando obter a elegibilidade para disputar o governo do Distrito Federal. Se conseguir, Flávia Arruda certamente não disputará o Senado.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, conta com Flávia Arruda como postulante ao Senado na sua chapa.
Porém, há uma pedra no caminho — Jair Bolsonaro, do PL. O presidente quer lançar candidato (ou candidata) a governador do DF para se contrapor a Ibaneis Rocha, que apoia a pré-candidata do MDB a presidente, Simone Tebet.
Se Ibaneis Rocha não recuar, e não terá como recuar, por ser filiado ao MDB, Bolsonaro tende a bancar Flávia Arruda, Damares Alves ou Paula Belmonte para governadora do DF.
