O prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), fez barba, cabelo e quase o bigode (Dannillo Pereira não foi eleito para deputado federal). Como se sabe, o município é a capital do agronegócio de Goiás. Portanto, o presidente Jair Bolsonaro é forte na cidade (recebeu 55,56 dos votos válidos, contra 37,66% de Lula da Silva, do PT). Porém, graças à força político-eleitoral do gestor público, o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, foi mais o mais votado no município — com 48.465 votos (48,37%). (Frise-se que o gestor estadual mantém forte ligação com a cidade — dada sua ligação histórica com os produtores rurais.)

O segundo colocado foi Gustavo Mendanha, do Patriota, com 23.159 votos (23,11%). Seu vice, Heuler Cruvinel, era de Rio Verde, mas não mostrou força no município.

O terceiro colocado foi o candidato de Bolsonaro, Major Vitor Hugo, do PL, com 21.659 (21,62%). Ou seja, colado em Mendanha, mas bem atrás de Ronaldo Caiado.

O candidato de Paulo do Vale para deputado federal, o vice-prefeito Dannillo Pereira, do PSD, não foi eleito, mas foi o mais votado em Rio Verde — com 28,56% (28.094 votos). A vereadora Marussa Boldrin, do MDB, foi eleita (dada a força do presidente da Faeg, deputado federal José Mário Schreiner), mas com uma votação bem menor no município: 15,7% (15.462 votos).

O deputado bancado por Paulo do Vale para deputado estadual, o médico Lucas do Vale — seu filho — foi eleito com a segunda maior votação no Estado. Só em Rio Verde obteve 36.826 votos (36,52%). É filiado ao MDB. O candidato do Patriota, Enildo Cabral, obteve apenas 5.615 votos (5,57%).