Bastidores
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Foto: Rede Vida[/caption]
A bolsa de apostas para presidente da República vive um bom momento. Mas, se a Lava Jato destruir uma geração de políticos — como a Operação Mãos Limpas fez na Itália —, se terá um vazio de homens públicos impressionante, com candidatos da estirpe de Ciro Gomes, Marina Silva e Jair Bolsonaro dominando o proscênio. Aí, no quadro de terra arrasada, pode surgir uma candidatura que pode abalar as demais candidaturas.
O prefeito de São Paulo, João Doria, está agradando o eleitorado de São Paulo e, aos poucos, começa a ser conhecido no país. Ele está se consagrando como gestor. Recentemente, esteve em Dubai, onde foi recebido por um príncipe que comanda um fundo de 900 bilhões de dólares. O aristocrata não recebe políticos, mas atendeu o tucano. Ao final das tratativas, o prefeito perguntou ao árabe porque o havia recebido, se é um político. Recebeu a seguinte resposta: “Recebi-o porque não é político, e sim gestor”.
O país, se se encantar com o gestor João Doria, pode sufragá-lo nas urnas, em 2018. É uma hipótese, no caso de debacle generalizada dos políticos tradicionais, como José Serra, Geraldo Alckmin, Lula da Silva, Michel Temer e Aécio Neves, possivelmente tragados pela Lava Lato.
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Foto: Henrique de Paula/Arquivo[/caption]
Aos 86 anos, o ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz permanece um grande leitor de história e, sobretudo, física quântica. Acrescente-se que, na juventude, foi um grande professor de matemática.
Mesmo com artrose nos joelhos, o que compromete seu tráfego, Nion Albernaz vive entre Goiânia e sua fazenda, no interior do Estado. Leitor de jornais e revistas, discute política com alto grau de conhecimento.
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Arquivo[/caption]
Candidatíssimo a reitor da Universidade Federal de Goiás, daqui a alguns meses, o suplente de deputado federal Edward Madureira pelo PT é o favorito disparado. Porque, tido como hors concours, dificilmente será derrotado por outro postulante, mesmo se qualificado. Até agora, não apareceu nenhum nome consistente, do ponto de vista eleitoral, para enfrentá-lo.
Edward Madureira já está na história da UFG como um de seus reitores mais atuantes (no campo educacional-cultural, e não apenas no de obras). Dirão: “Agora, em tempo de vacas magras, não terá o mesmo desempenho”. É possível, mas, por vezes, a criatividade — seguida de um pacto ampliado com a sociedade — pode robustecer uma gestão universitária.
“Se Lúcia Vânia entregar todos os cargos que o PSB e o PPS têm no governo, a sociedade vai acreditar que discorda realmente do governo tucano”, diz deputado
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Arquivo[/caption]
O grupo do senador Wilder Morais avalia que Lúcia Vânia não levava a sério sua candidatura à reeleição. “Agora, com a definição de que será candidato e a conclusão de que é o preferido dos prefeitos, a senadora acordou, por isso os ataques à base aliada e ao presidente do PP”, afirma um de seus aliados mais próximos. “Chegou a hora de a líder do PSB, que não é socialista, parar de perceber o Senado como feudo. Por que ela pode, mas Wilder não pode ser candidato?”
Prefeitos e deputados do PSB já avisaram, com certa discrição, que, se a senadora Lúcia Vânia deixar a base aliada, não a acompanharão. “A senadora só levará o deputado Marcos Abrão, a prefeita de Nova Veneza e o presidente da Agehab, Luiz Stival”, admite um prefeito do PSB.
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Arquivo[/caption]
O empresário Vanderlan Cardoso (PSB) respeita a senadora Lúcia Vânia, mas hoje é muito mais ligado ao governador Marconi Perillo e ao vice-governador José Eliton.
Vanderlan Cardoso disputou o governo de Goiás e perdeu. Em Goiânia, foi para o segundo turno, disputando com uma fera política, Iris Rezende.
A tropa de choque do governo de Goiás avalia que Lúcia Vânia será candidata a senadora numa composição com Ronaldo Caiado, possível candidato do DEM, ou Maguito Vilela ou Daniel Vilela, os pré-candidatos do PMDB.
Os governistas sugerem que, como quer mudar de lado, a senadora do PSB está criando o discurso de que é “boicotada”.
Como dizem os políticos, aquele que não acreditam que 2018 está determinando 2017 entende pouco ou nada de política.
Nas várias conversas que mantiveram por telefone, o governador Marconi Perillo (do Oriente Médio) e o governador em exercício, José Eliton, falaram sobre incentivos fiscais, investimentos em Goiás e indicação de novos nomes para a equipe. A senadora Lúcia Vânia não foi citada.
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Deputado Lissauer e o prefeito Juraci | Foto: divulgação[/caption]
O deputado estadual Lissauer Vieira (PSB) disse que não está rompido com o ex-prefeito de Rio Verde Juraci Martins. “Nós tomamos vinho [na semana passada] no restaurante Pobre Juan, no shopping Flamboyant.”
“Juraci é meu pai político e, portanto, não romperemos jamais. Não sei se vai disputar mandato eletivo em 2018. O mais provável é que não”, disse Lissauer Vieira ao Jornal Opção.
Francisco Júnior (PSD), se confirmado que o PSB não quer o cargo, será convidado para assumir a Secretaria da Habitação. O vice-governador José Eliton tem apreço pelo jovem deputado estadual.
Se recriada pelo governo de Goiás, a Secretaria de Infraestrutura pode ser ocupada por um líder do PSB, como Vanderlan Cardoso ou Lissauer Vieira. Ou então alguém do PTB ou do PSD.
Os peemedebistas aceitam que o prefeito apoie sua mulher para deputada federal, mas indicam que o PMDB terá outros candidatos
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Reprodução[/caption]
A deputada federal Magda Mofatto, do PR, quer ser candidata a senadora. Se não for, optará pela reeleição. Porém, na base aliada, há quem aposte noutra possibilidade: seu marido, Flávio Canedo, líder do PR, iria a deputado federal e Magda Mofatto a suplente de senador do governador Marconi Perillo. Aí, se o tucanato eleger o próximo presidente, Marconi vira ministro e ela assume.
Luiz Bittencourt é cotado para a pasta. Mas o deputado frisa que é preciso discutir suas ações
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Arquivo[/caption]
Dois auxiliares do governador Marconi Perillo — Jayme Rincón, presidente da Agetop, e Raquel Teixeira, secretária da Educação — são apontados como fortes candidatos (dos mais qualitativos) a deputado federal em 2018. Rincón é a grande aposta de Benitez Calil, presidente do PSL, e do secretário extraordinário Lucas Calil. Teixeira disse ao Jornal Opção que não é filiada e que não será candidata. Mas é sempre citada pelas tropas de choque do governismo.
