Bastidores
O prefeito de Posse, José Gouveia (PROS), liberado por Júnior Friboi, não sabe ainda quem vai apoiar para governador. Se José Eliton não estiver na chapa do governador Marconi Perillo, o ex-integrante do PSB pode apoiar a reeleição do tucano-chefe.
Abandonado no altar por Júnior Friboi, o quase-peemedebista, o presidente do Solidariedade em Goiás, deputado federal Armando Vergílio, está entre dois amores.
Armando pode casar-se com o PT de Antônio Gomide ou reatar o casamento com o PSDB do governador Marconi Perillo. Se fechar com Gomide, Armando provavelmente será o seu vice.
Mas o caso de amor de Armando com o PSDB é antigo e pode ser retomado. Há arestas, típicas de casamentos desfeitos, quando ódio e amor sobrepõem-se. Mas há canais abertos para novo affair.
O projeto do PMDB é apenas arrancar Marconi do poder para, em seguida, satanizá-lo e persegui-lo?
Até agora, o PMDB não apresentou ideias relevantes para governar Goiás. Pode ser que esteja cedo para apresentá-las. Mas Vanderlan Cardoso, do PSB, já está com seu plano de metas praticamente pronto.
Se perder a eleição para governador, Iris Rezende vai disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016? Tudo indica que sim.
Aliados de Iris Rezende avaliam que dificilmente o PT consegue fazer o sucessor em Goiânia.
Reportagem especial (de capa) da “CartaCapital” explora o que chama de “a misteriosa ascensão do Friboi”.
Acredita-se que a família de Joesley Batista será o novo Orelhudo, Daniel Dantas, da revista dirigida por Mino Carta. Na tradição de que jornais e revistas precisam de um sparring, de preferência envolvido em grandes negócios, a “CartaCapital” pode ter escolhido a JBS para alvo-mor.
Na opinião de um petista de Goiânia, o prefeito de Anápolis está mais interessado em viabilizar sua administração do que em eleger Antônio Gomide. João Gomes estaria de olho na sua reeleição, por isso quer ser bem sucedido como prefeito.
O petista comenta: “O prefeito Paulo Garcia não fica elogiando o governador Marconi Perillo. Mas João Gomes disse, e isto será utilizado na campanha, que Marconi foi o melhor governador para Anápolis”.
O candidato do PMDB a governador deve ser Iris Rezende. É o nome mais forte e que quer, de fato, disputar. Mas há quem insista que Samuel Belchior, por ser jovem, o novo e dinâmico, deveria ser o postulante. Iris, afirmam, deveria disputar mandato de senador.
A um aliado, dos mais íntimos, Iris frisa que não teria mais paciência de ser senador.
Por incrível que pareça, ainda há quem acredite que o governador Marconi Perillo (PSDB) vai bancar seu vice, José Eliton (PP), para governador.
O prefeito de Anápolis, João Gomes, do PT, pensa o oposto: “Conheço Marconi como a palma de minha mão. Ele vai disputar o governo de Goiás”.
O desembargador aposentado Marco Lemos, que trabalhou no Jornal Opção como jornalista (do primeiro time), postou no Facebook: “Em Goiás, 1971, Leonino Caiado substituía Otávio Lage. Na posse, discursou um deputado, que saudou os novos tempos. ‘Finalmente, chegou a hora da transição. Em Goiás, a crisálida vai se metamorfosear em linda borboleta, completando o ciclo de evolução’.
“Durante o coquetel, o orador foi cumprimentar o governador que saía, mas Otávio Lage recusou-lhe a mão: ‘Ao senhor, não dou a mão. O sr. me chamou de coró’.
“Em tempo, o orador era Osmar Cabral, lendo um discurso ‘ghost-writerizado’ por Thirso Corrêa Rosa.”
Comentário de um político de Anápolis: “Alexandre Baldy disse a políticos anapolinos que vai torrar 25 milhões de reais na campanha para deputado federal”. Um tucano não se conteve e quase gritou: “É o nosso Friboi!”
O deputado federal Pedro Chaves (PMDB) diz que tem compromissos com suas bases eleitorais e, por isso, será candidato à reeleição.
Pedro Chaves poderá obter o apoio de Marcelo Melo, de Luziânia, que pode desistir de disputar mandato de deputado federal.
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O DEM nacional quer Ronaldo Caiado na chapa de Marconi Perillo, mas não vai impedi-lo de compor com Iris Rezende
O pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, está trabalhando para conquistar o apoio dos partidos nanicos. Nesta semana, quatro partidos pequenos fecharam com o senador mineiro — PMN, PTdoB, PTC e PTN. Em Goiás, o PTN estava a prestes a fechar aliança com o PMDB, notadamente com Júnior Friboi. No entanto, com a renúncia do empresário, o PTN ainda não definiu um rumo. Há um grupo que prefere manter a composição com o PMDB. Mas há outro grupo que aposta numa aliança com o PSB de Vanderlan Cardoso. O presidente do PTN em Goiás, Francisco Gedda, é amigo do ex-governador de Goiás Alcides Rodrigues, do PSB. Alcides vai tentar levar o PTN de Gedda para a campanha do líder do PSB. Porém o apoio de Gedda vai depender certamente de uma conversa com Júnior Friboi, que é seu principal aliado hoje. A tendência é que Gedda apoie aquele candidato a governador que for apoiado por Friboi. A cúpula nacional do PTN não vai exigir apoio verticalizado no país. Assim, Gedda estará livre para alianças locais. Mas, dependendo das conversas entre Aécio e o governador Marconi Perillo, o partido poderá seguir o tucano-chefe em Goiás? Não se sabe. Gedda, embora seja aliado de Alcides e, sobretudo, de Friboi, não percebe Marconi como “inimigo” político. No máximo, o trata como adversário.
Tido como intocável, o empresário Paulo Octávio está preso, em Brasília, suspeito de envolvimento em esquema de pagamento de propina para liberar alvarás