Após meses de indefinição, a Justiça Eleitoral confirmou na sexta-feira, 14, a diplomação dos suplentes Paulo Magalhães (UB) e Márcio Carvalho Santos (Cidadania) no lugar dos ainda vereadores Bruno Diniz e Santana Gomes, ambos do PRTB. A alteração chamou a atenção do núcleo político do Paço Municipal porque, somada ao resultado das eleições estaduais, a Câmara de Goiânia terá quatro novos vereadores a partir de 1º de fevereiro de 2023.

Os suplentes serão diplomados no dia 21 de outubro, mas a articulação política do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) já atua para garantir que ambos fiquem na base. Vale lembrar que Diniz integra o grupo de sustentação do Paço, enquanto Santana se inseriu no pequeno bloco de oposição, formado ainda por Mauro Rubem (PT), Aava Santiago (PSDB) e agora por Luciula do Recanto (PSD) – portanto, a base é formada atualmente por 32 dos 35 vereadores.

A dança das cadeiras termina em 1º de fevereiro, quando os suplentes dos vereadores eleitos na sucessão deste ano assumem seus mandatos. Denício Trindade (MDB) assume no lugar de Clécio Alves (Republicanos) e Kátia Maria (PT) assume no lugar do também petista Mauro Rubem – ambos conquistaram mandatos na Assembleia Legislativa. “Com a saída de Santana e o rompimento de Luciula, é importante esse movimento para garantir os votos de Paulo Magalhães e Márcio Carvalho”, afirma um vereador que integra a base do prefeito.

Em abril deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) decidiu pela cassação dos mandatos de Santana Gomes e Bruno Diniz. Para a Justiça Eleitoral, ficou comprovado que o partido usou candidaturas fantasmas para atingir a cota mínima feminina nas eleições municipais de 2020. Mesmo após a decisão, os dois vereadores vinham tentando, por intermédio de seus partidos, manter os mandatos. Eles afirmam que ainda há espaço para recurso, mas terão de tentar reverter a decisão afastados do Legislativo.