Otavinho e Jalles podem bancar Helio de Sousa para prefeito de Goianésia?

20 agosto 2023 às 00h02

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Os irmãos Lage — empresários Jalles Fontoura e Otavinho Lage — estão observando, à espreita, o quadro político de Goianésia.
De acordo com um aliado, Jalles Fontoura e Otavinho Lage, ambos ex-prefeitos, querem apoiar a reeleição do prefeito Leozão Menezes, filiado ao União Brasil, mas de saída (tende a se filiar ao PSD ou ao PL).

Porém, a suposta inação de Leozão Menezes não agrada aos hermanos Lage. O prefeito não reage. O deputado estadual Renato de Castro, do União Brasil, lidera as pesquisas de intenção de voto e está em ascensão. Porque se está criando a convicção, entre os eleitores, de que é muito difícil, talvez impossível, derrotá-lo. Ao contrário do gestor municipal, que não agrega — e muito disso por não se mostrar motivado —, o parlamentar é um agregador nato. Ele conta com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, e do vice-governador Daniel Vilela, do MDB.

Se Leozão Menezes continuar patinando, com sua indecisão habitual — diz-se dele que é melhor gestor do que político, mas é o político que ganha eleição —, o que a família Lage de Siqueira irá fazer?
Segundo duas fontes ligadas aos Lage, a tendência, se Leozão não emplacar — e dificilmente emplacará, admite —, é que Jalles Fontoura e Otavinho Lage apoiem a candidatura do ex-deputado estadual e médico Helio de Souza (PSDB) para prefeito.

Uma fonte ligada a Leozão Menezes contrapõe: “O dr. Helio dificilmente será candidato, exceto se Léo apoiá-lo. Seu filho é casado com a irmã do prefeito e, por isso, dr. Hélio não se lançaria contra sua reeleição”.
Porém, se Leozão Menezes não se firmar, o que poderá levar o ex-prefeito Helio de Souza a disputar, configurando um processo eleitoral com três candidatos, fica ainda mais fácil para o favorito Renato de Castro. Porque Helio de Souza retira fotos de Leozão Menezes e vive-versa. Renato de Castro manteria sua posição na liderança e ainda veria os dois adversários — quase aliados — dividindo seus eleitores.
Comenta-se também que o empresário Henrique Penna de Siqueira, diretor comercial da Jales Machado — a maior empresa do Vale do São Patrício —, pode ser candidato a prefeito. Uma fonte ligada a Leozão Menezes contemporiza: “Henrique é uma peça importante para a Jales e, por isso, dificilmente deixará a empresa para ser candidato a prefeito”. Outra fonte pontua: “Henrique é discreto, muito dedicado à empresa, e há notícias de que pode, um dia, disputar a prefeitura. Mas tudo indica que, neste momento, não planeja disputar mandato”.
Ante a indecisão de Leozão Menezes, o que não o torna confiável — eleitoralmente — para Jalles Fontoura e Otavinho Lage, o ex-prefeito Renato de Castro consolida-se, como primeiro colocado, e em ascensão. Nas ruas, por onde passa, o deputado ouve sempre a mesma palavra: “Prefeito”. Já o prefeito não tem nem mesmo partido para disputar o pleito — que ocorrerá daqui a um ano e um mês. Um “beicinho de pulga”, como se diz na aprazível Goianésia.
Há um consenso de que Renato de Castro tende a ser eleito prefeito. É a voz das ruas. A mesma voz revela que os eleitores parecem cansados da lentidão do Alcides “Cidinho” Rodrigues de Goianésia — Leozão Menezes, que os aliados chamam de “Léo”. (E.F.B.)