Políticos como Daniel Vilela e Ronaldo Caiado deveriam apresentar suas ideias à sociedade. Eleitores querem avaliá-las e não avaliar suas críticas aos que desaprovam

Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Maguito Vilela: a foto pode ser repetida em 2018? Difícil, mas possível

Os luas azuis do marconismo apostam que, em 2018, as oposições vão disputar o pleito para governador divididas. Além da crise entre o irismo e o maguitismo, há o “problema” chamado Ronaldo Caiado (DEM).

A intelligentsia tucana aposta que, com a divisão, será possível eleger José Eliton (PSDB) para governador — surpreendendo pela sexta vez consecutiva as oposições.

Há um erro grave de avaliação das oposições. Seus líderes (como Ernesto Roller e Adib Elias) acreditam que perdem eleições porque se dividem. É uma explicação conveniente. Na verdade, perdem porque, até agora, não conseguiram apresentar um projeto alternativo de governo que convença o eleitorado goiano de que são melhores do que os que estão no poder. O que os eleitores querem não é um projeto de poder, uma mera alternância, para sugerir que se fez a renovação. Eles querem que os candidatos apresentem projetos que contribuam para melhorar sua vidas como indivíduos. Políticos como o deputado estadual José Nelto e, até, o deputado federal Daniel Vilela, ambos do PMDB, perdem tempo falando mal do governo de Marconi Perillo (PSDB), com um discurso repetido e pouco luminoso, quando deveriam apresentar suas ideias à sociedade. Os eleitores querem avaliá-los e não avaliar suas críticas aos que desaprovam.