O PSD de Vilmar Rocha tanto pode apoiar José Eliton quanto Maguito Vilela em 2018
21 janeiro 2017 às 11h44

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O peemedebista saiu na frente e quer o PSD na chapa majoritária. Na base aliada, por enquanto o PSD é tratado como patinho feio

O ex-deputado federal Vilmar Rocha, secretário das Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, afirma que o PSD, do qual é presidente em Goiás, definiu duas diretrizes para a disputa eleitoral de 2018.
A primeira é o apoio ao projeto político eleitoral do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). “O PSD vai marchar com Marconi se disputar a Presidência da República, a vice ou mandato de senador”, afirma Vilmar Rocha. “O apoio decorre de gratidão e também do entendimento de que é bom para o Brasil, com o projeto nacional, e para Goiás, no caso de disputa pelo Senado.”
A segunda diretriz é que, na disputa para governador de Goiás, a escolha recairá no projeto que for melhor para o PSD e seus líderes. “Não vamos decidir em 2017 o que poderá ser feito em 2018. Nós estamos pensando em qual será a melhor alternativa para Goiás, para o nosso partido e até para a base aliada.”
Vilmar Rocha frisa que o PSDB antecipou a escolha de seu candidato. “Não temos nada contra, percebemos que é até natural e Marconi já disse qual é o seu candidato. Aliás, nada temos contra José Eliton, não é essa a questão central. O fato é que os outros partidos da base ainda não se manifestaram, mas têm o direito de apoiar o postulante tucano, de indicar um candidato ou de propor uma alternativa na base ou até fora da base. Aliás, a base ficará mais consistente, mais diversificada, se tiver outras alternativas políticas. Não se pode ter apenas uma alternativa. Porque, se o candidato não se viabilizar, por não galvanizar a opinião pública, a base não terá tempo suficiente para forjar outro candidato. Por isso é importante que se tenham alternativas e que a definição fique para 2018. Veja-se que, para senador, há vários nomes — Marconi Perillo, João Campos, Lúcia Vânia, Roberto Balestra, eu, Wilder Morais, Magda Mofatto, Jovair Arantes — se posicionando. É perfeitamente natural que os partidos apresentem seus projetos e nomes, o que fortalece a base aliada, tanto para o governo quanto para o Senado. O debate fica mais rico e democrático.”
A abertura de diálogo com Maguito Vilela, provável candidato a governador de Goiás pelo PMDB em 2018, pode mesmo virar um acordo político? “Admito que sim, o que não significa que o diálogo com a base aliada esteja fechado. O PSD, como outros partidos, não vai fechar as portas para conversações — é uma orientação nacional, quer dizer, manter o partido aberto ao diálogo com as forças políticas. Mas insisto num ponto: não há nada definido. Por enquanto, é conversa, diálogo. Maguito manteve um excelente relacionamento administrativo com o governo de Marconi Perillo.”
Um dos pontos cruciais é: o PSD quer um lugar numa chapa majoritária em 2018. Vilmar Rocha é o nome do partido para a disputa do Senado. Como a disputa na base aliada está congestionada, Maguito Vilela teria sondado, esperta e habilidosamente, Vilmar Rocha para que dispute mandato de senador na sua chapa (ou de Daniel Vilela). É aquela história: quem tratar melhor o PSD pode levar o seu passe.