Nem Superbonder consegue colar os cacos do PMDB pós-derrota de Iris Rezende

07 fevereiro 2016 às 11h12
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Quando o novo vence, mas tenta afagar o velho, tende a não se firmar, e às vezes acaba atropelado pelas forças anti-mudança

Conta-se que, depois da vitória consagradora de Daniel Vilela para presidente do PMDB, um deputado disse, em tom jocoso: “Alguém tem superbonder por aí?”
Outro peemedebista, em tom igualmente jocoso, perguntou: “Para que você quer uma cola tão poderosa?” O deputado explicou-se: “Para colar os vários cacos do PMDB”.
Daniel Vilela, político apaziguador e que não quer nova briga com Iris Rezende — chegou a elogiá-lo (a velha guarda gostou) —, terá de fazer das tripas coração para superar a divisão. Não será fácil, porque o ex-prefeito e a ex-deputada Iris Araújo são, pessoal e politicamente, rancorosos. Podem até disfarçar, num primeiro momento, mas vão trabalhar contra o jovem líder.
Na verdade, o novo, para firmar-se de vez, terá de destruir, politicamente, o velho. Senão estará sempre perdendo tempo, recuando. Quando o novo vence, mas tenta afagar o velho, tende a não se firmar, e às vezes acaba atropelado pelas forças anti-mudança.