Nem Drummond sabia que um “José” poderia fazer tanta falta
19 julho 2014 às 22h00
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“E agora José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?”. O poema de Carlos Drummond é famoso e vários “josés” já se encaixaram nele. O José da vez é o Batista Júnior, mais conhecido como Friboi. Um José que chegou ao PMDB goiano com a “benção” do líder do partido, Iris Rezende, para ser o candidato ao governo e, com boa estrutura financeira (para não dizer milionária), logo conquistou o apoio da grande parte do partido. Porém, esqueceu-se de dedicar a festa a Iris, o interlocutor drummondiano, que deu a ele o seu “chega para lá” e assumiu a candidatura.
Pois bem. Friboi levantou, mas deixou o banquinho em que estava sentado, no qual estão bem acomodados deputados estaduais e federais, além de 40 dos 55 prefeitos do partido em Goiás. E agora? Iris foi atrás para garantir a festa, mas o José, lá dos Estados Unidos — por telefone mesmo —, já estava organizando outra festa: uma azul e amarela para o governador Marconi Perillo (PSDB). E essa festa terá direito a tudo o que tem direito.
Pessoa destacada para ir buscar o banquinho do José já tem: Robledo Resende, convidado peemedebista de outro ex-companheiro de Iris que trocou de amigo: Frederico Jayme. Agora, o banquinho está mudando de festa. Aos poucos. Pelo menos 15 dos 40 prefeitos já estão no novo local de festividade. Esses, o próprio Jayme foi buscar. Mas há muitos outros. Francisco Bento, por exemplo, ajudará a compor o plano de governo tucano. Robledo deve começar a puxar o banquinho em Porangatu, lar de Eronildo Valadares (PMDB), um dos que estavam no assento de Friboi.
Mas e o José? Bem, ele deverá voltar dos Estados Unidos no fim de agosto e entrar na festa tucana no momento certo. Jayme assegura que sua entrada será estratégica e mudará o clima. A questão é que o banquinho do José é importante e somará mais ao anfitrião da nova festa do que somaria ao antigo. É. Esse José fará falta.