Anápolis tem o segundo maior eleitorado de Goiás, influencia as cidades vizinhas, e por isso quer estar no cento do palco na disputa do próximo ano

0Durante muitos anos, chamava-se, nos jornais, Anápolis de “a Manchester goiana”. Com seu grande distrito industrial, o Daia, o município goiano lembrava a cidade inglesa.

O tempo passou e o Daia se modernizou. Hoje, além das indústrias tradicionais, há um poderoso polo farmoquímico na cidade — gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Além de o município ter se tornado uma das maiores redes universitárias do Estado e do país.

Em termos históricos, até por seu caráter simbólico, é a segunda cidade mais importante de Goiás. De interventor em Anápolis, Irapuan Costa Junior se tornou governador de Goiás. Frise-se que ele construiu o Daia. Depois, outro político da cidade, Henrique Santillo, se tornou senador e, em seguida, governador.

A política do Estado de Goiás sempre passou por Anápolis. E a história pode se repetir em 2022.

O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, do partido Progressistas, é um líder político considerável. Em 2020, ele foi reeleito ao derrotar um ícone político, o ex-prefeito Antônio Gomide, do PT. E é um dos principais aliados do governador Ronaldo Caiado, do partido Democratas.

Como líder político vitorioso, e por representar uma cidade como Anápolis, que tem o terceiro maior eleitorado de Goiás e com influência sedimentada nas cidades vizinhas, Roberto Naves é cotado para ser vice de Ronaldo Caiado em 2022, como representante do partido Progressistas, que, por sinal, tem dois deputados federais, Adriano do Baldy e Professor Alcides Ribeiro, e seu presidente no Estado, Alexandre Baldy, foi secretário de Estado em Goiás, deputado federal, ministro das Cidades e é secretário de Transportes Metropolitanos do governo do Estado mais rico do país, São Paulo (cujo PIB é superior ao da Argentina e ao do Chile).

Portanto, Roberto Neves e o Progressistas estão no jogo para 2022. Os interessados em votos têm de ficar de olho no prefeito, no partido e nos quase 300 mil eleitores de Anápolis. Eles, por certo, serão decisivos.