Morre padre César Rafael, do Colégio Agostiniano: uma lenda da Educação em Goiás

22 abril 2022 às 09h44

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O velório está sendo realizado no Espaço Confiança do Colégio Agostiniano, na Rua 6-A no Setor Aeroporto. O enterro será no Cemitério Jardim das Palmeiras
O padre César Rafael Rodríguez Martínez — uma lenda da educação em Goiás, baseado no Colégio Agostiniano, no Setor Aeroporto — morreu na quinta-feira, 21, aos 95 anos, de pneumonia broncoaspiratória e insuficiência real. Ele estava internado no Hospital Anis Rassi.
O velório do corpo do padre César está ocorrendo no Espaço Confiança do Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima (entrada pela Rua 6-A), em Goiânia. Às 15h30 será realizada missa de corpo presente na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Aeroporto. O sepultamento será no Cemitério Jardim das Palmeiras.

O padre César Rafael nasceu na Espanha, em 26 de maio de 1927. Em 2022, completou 69 anos sacerdócio.
Ao ser ordenado sacerdote, padre César foi encaminhado para a Prelazia (hoje, Diocese) de Jataí, no Sudoeste de Goiás.
Padre César dirigiu, por 50 anos, os colégios da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência (SAEA). O Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima, de Goiânia, ficou sob seu comando por 30 anos. O Colégio São José, em São Paulo, foi coordenado pelo religioso por 20 anos. Em Santa Helena de Goiás, no Sudoeste do Estado, fundou a primeira Escola Normal para preparação de professores. Acima de tudo, era um religioso e um educador. Um homem que sabia fazer e fazia acontecer no campo educacional. “Obstinado, sério e responsável”, dizem religiosos e educadores.
Promotor da evangelização, Padre César criou os movimentos Eureka e Coração Inquieto. Ele foi o primeiro capelão da Capela Santa Mônica e um dos promotores do movimento Mães Mônica. Ele participou dos cursilhos de Cristandade em Goiânia e no interior.
Por seu trabalho intenso e competente, tanto na educação — era um intelectual de primeira linha — quanto como sacerdote da Igreja Católica, padre César recebeu os títulos de Cidadão Goianiense e de Cidadão Goiano.
Depoimento da professora Soninha Santos
“Conheci Padre César em 1982, nesse encontro de jovens chamado Eureka. Coincidentemente, a palavra que dava nome ao encontro significava “achei”, em grego. Foi lá que soube que aquela escola era “dele”. Lembro que fiquei admirada e pensei: “queria um dia poder trabalhar numa escola assim…” eu já tinha vontade de ser professora! Ele tinha no pulso, a firmeza para comandar a escola e carinho nos olhos para sossegar os inquietos e inseguros. Padre César foi um grande mestre, um exemplo de que a educação pode transformar. Vá em paz certo de que sua tarefa foi muito bem cumprida, Padre César.”