O dramaturgo, diretor de teatro e professor da UFG tinha câncer de pâncreas

Hugo Zorzetti é uma lenda do teatro goiano e, claro, brasileiro. Não dá para escrever a história do teatro em Goiás sem que se destaque o seu trabalhador criativo. O escritor, professor e teatrólogo morreu na terça-feira, 5. Tinha câncer de pâncreas. Ele estava internado no Hospital do Coração, no Setor Oeste, em Goiânia É, para dizer o mínimo, uma referência incontornável.

A secretária da Educação, Raquel Teixeira, lamentou a morte do notável criador artístico. O superintendente-executivo de Cultura do governo de Goiás, maestro José Eduardo Morais, e o superintendente de Ação Cultural, o historiador e compositor Nasr Chaul, destacaram a contribuição de Hugo Zorzetti à cultura brasileira.

Hugo Zorzetti brilhou com o Grupo Teatro Exercício, da década de 1970. Ele, com Cici Pinheiro, João Bênnio (que também era ator e diretor de cinema) e Otavinho Arantes, é apontado por todos os produtores culturais como um dos principais pioneiros do teatro em Goiás. Ele fundou o curso de Teatro da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (Emac-UFG). Organizou vários cursos de dramaturgia, contribuindo para formar uma geração de pessoas ligadas ao teatro. Hugo Zorzetti — que deveria ser chamado de Hugo Zorzetti do Teatro — também foi professor da Língua Portuguesa.

Criativo e irrequieto, Hugo Zorzetti escreveu várias peças de teatro e livros. A peça “Todo o Brilho do Entardecer” foi dirigida por Hugo Zorzetti em 2016. Ele enfoca o tema da terceira idade—que nem sempre é discutido com acuidade pela sociedade. A peça “Anzóis no Aquário”, de sua autoria, está sendo encenada, no Estado de Goiás, sob apoio da Lei Goyazes.

Hugo Zorzetti fará falta. Muita falta.