O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, do Patriota, é uma liderança emergente da política de Goiás. Por isso acabou sendo cotado para disputar mandato de deputado federal ou a vice de Gustavo Mendanha, o candidato do Patriota a governador do Estado.

No entanto, no meio do caminho de Romário Policarpo havia, não uma pedra, e sim um veto. Mendanha e seu marqueteiro Jorcelino Braga atropelaram o vereador e colocaram como vice o ex-deputado federal Heuler Cruvinel — que, disseram, representa a região do agronegócio em Goiás, o Sudoeste. Um membro do Patriota chegou a dizer a um vereador: “Romário não tem estofo para ser candidato a vice-governador. Ele representa uma cidade com 1 milhão de eleitores e, como candidato a vereador, ficou em 11º lugar — com apenas 4.541 votos”.

Gustavo Mendanha: responsável direto pelo veto a Romário Policarpo | Foto: Divulgação

Os possíveis desdobramento do veto a Romário Policarpo podem não ser positivos para Mendanha. Primeiro, vários vereadores, que queriam o vereador na vice, tendem a se afastar, aceleradamente, da campanha de Mendanha — que, postulam, “começa a fazer água”. “Gustavo é um micro-Titanic da política de Goiás”, ironiza um legislador. Segundo, o grupo pode acabar apoiando a candidatura de Ronaldo Caiado.

A possibilidade de Romário Policarpo sair do Patriota não é pequena. Consta que o MDB está de portas abertas para o vereador. Por sinal, o vereador é cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia em 2024.