Mendanha deve se filiar ao Podemos e não vai apoiar Bolsonaro

30 dezembro 2021 às 23h10

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O prefeito de Aparecida de Goiânia gostaria de não apoiar nem mesmo Sergio Moro, concentrando-se em sua campanha
A deputada federal Magda Mofatto moveu águas quentes e montanhas para convencer o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, a disputar o governo de Goiás pelo PL.
Porém, pintou um drummond no meio do caminho. Trata-se da alta rejeição do presidente Jair Bolsonaro, que será candidato à reeleição pelo PL de Valdemar Costa Neto — o ex-presidiário — e de Magda Mofatto.
A rigor, Mendanha tem dito a aliados que não pretende apoiar, diretamente, nenhum candidato a presidente da República. Seu objetivo, postula, é concentrar-se unicamente na sua campanha.
Porém, o Podemos, partido ao qual pode se filiar, terá de apoiar seu candidato a presidente, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro. Mendanha poderá até não se empenhar na campanha do ex-magistrado, por receio de perder o apoio de eleitores bolsonaristas, sobretudo no meio evangélico, mas terá de subir no seu palanque.
Um aliado de Mendanha frisa que o PL pode até bancar o deputado federal Major Vitor Hugo para governador. “Porém, como tende a não emplacar, será cristianizado pelo partido, que vai optar por apoiar Gustavo. Alguém acredita que, entre Vitor Hugo e Gustavo, Magda Mofatto vai ficar com o primeiro? Ninguém, claro. Basta observar que a deputada colocou sua estrutura, como helicóptero, a serviço da pré-campanha do prefeito.”
O aliado do ex-emedebista sugere, inclusive, que Vitor Hugo “talvez nem se filie ao PL. O mais provável é que se filie à Democracia Cristã (DC). Porque não tem ambiente no PL, um partido que foi constituído em Goiás por Magda Mofatto e seu marido, Flávio Canedo, durante anos”.
“Arrisco-me a dizer que, dependendo da situação, Magda Mofatto e o deputado estadual Paulo Cezar Martins podem disputar mandato, em 2022, pelo Podemos. Se houver pressão para bancar Vitor Hugo para governador, o PL pode perder a deputada e toda a estrutura que ela criou. Afinal, quantos prefeitos o deputado vai mesmo levar para o PL?”, inquire o aliado de Mendanha.