O presidente da Assembleia Legislativa deve sair do PSB, mas ainda não definiu seu rumo partidário. Estão na sua mira o PSD e o DEM

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, não quer permanecer no PSB — partido que não tem o seu perfil (o deputado não é socialista; ao contrário, é liberal). Por isso tem conversado com líderes do PSD e do Democratas sobre filiação.

Lissauer Viera: deputado estadual | Foto: Reprodução

O projeto número 1 de Lissauer Vieira é a disputa para deputado federal. Ele está constituindo bases em várias cidades para não depender unicamente do eleitorado de Rio Verde, sua cidade. Mas há também um projeto número 2 — o de ser vice na chapa do governador Ronaldo Caiado em 2022. A filiação (ou não) ao PSD ou a DEM tem a ver exatamente com o segundo projeto.

O PSD informa que um de seus filiados, Henrique Meirelles, deve ser candidato a senador, e na chapa de Ronaldo Caiado. Portanto, se for para o partido, Lissauer Vieira não pode almejar uma vaga na chapa majoritária em 2022. Porém, se seu nome se configurar forte para a vice, a sigla dirigida por Vilmar Rocha o bancaria e retiraria Henrique Meirelles da disputa para o Senado? Não dá para saber.

Se se filiar ao Democratas, aí é que Lissauer Vieira não sairá a vice. Porque a chapa majoritária do governismo não terá dois candidatos do DEM. Só terá Ronaldo Caiado.

Manuel Cearense, presidente do MDB de Rio Verde | Foto: Divulgação

Por isso, chegou-se a cogitar da ida de Lissauer Vieira para o MDB. A bem da verdade, o deputado não fez nenhum esforço para tal. Mas o assunto chegou a ser ventilado.

Tanto que o presidente do MDB em Rio Verde, Manuel Cearense, ligou para a redação do Jornal Opção para se manifestar a respeito. “Primeiro, devo dizer que o MDB terá candidato a governador — será Daniel Vilela ou Gustavo Mendanha. Segundo, o MDB de Rio Verde tem candidato a deputado federal, o empresário Heuler Cruvinel, e candidata a deputado estadual, a vereadora Marussa Boldrin. Portanto, na política local, não há espaço para Lissauer Vieira no partido. O MDB não é e nunca foi um partido de aluguel.”

“Qualquer filiação depende de uma conversa do diretório estadual com o diretório municipal. Não houve conversa nenhuma sobre filiação de Lissauer Vieira”, frisa Manuel Cearense.