Marina Silva pode disputar o governo do Distrito Federal em 2018
18 novembro 2017 às 10h11
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Há uma crise de liderança em Brasília e, por isso, a líder da Rede pode ser o nome para “limpar” a política local
Líderes da Rede têm percebido que Marina Silva não parece muito “motivada” com a disputa presidencial de 2018. Mas sugerem que é cedo para definir posições, uma vez que algumas pré-candidaturas que estão postas, como favas contadas, podem não resistir até outubro de 2018. Trata-se do caso de Lula da Silva. Há quem postule, tanto nos meios jurídicos quanto políticos, que o petista não terá condições de ser candidato a presidente, porque, possivelmente, será condenado em segunda instância pela Justiça Federal, o que, além de travar sua postulação, pode levá-lo à prisão. Sem o ex-presidente no páreo, todos, afirma um redista, se tornarão “japoneses” — quer dizer, com chances equivalentes. Aí, Marina Silva poderia sair da letargia atual e sagrar-se candidata a presidente. Integrantes do PSB apostam noutro caminho e sugerem que a líder da Rede deve apoiar o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que tende a se filiar ao PSB para disputar a Presidência da República, e pode ser a sua vice. Mas há outro caminho, pouco mencionado, exceto nos bastidores.
Redistas frisam que Marina Silva não quer disputar a Presidência da República unicamente para marcar posição. Por isso, como o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) vai muito mal — e só sustenta que será a candidato à reeleição porque, se não fizer, seu governo acabaria no dia seguinte —, não será surpresa se Marina Silva disputar o governo da mal cuidada capital do país.
Marina Silva tem ouvido a respeito, porém nunca discutiu a sério a questão. Mas há quem postule que, para que seja vista como capaz de gerir o país, precisa passar pela gestão de um governo. Daí a possibilidade de que dispute o governo do Distrito Federal. Sublinhe-se que a líder da Rede é muito bem avaliada em Brasília, onde recebeu uma votação excelente para presidente da República. Como o caos está instalado na cidade, e os pré-candidatos locais não empolgam — porque são malvistos pelos eleitores — a salvação da “lavoura” pode ser Marina Silva.