Marconi Perillo quer um presidente do PSDB que seja posicionado e crítico do governo Caiado

“Um partido crítico tem de capitalizar a insatisfação e canalizá-la politicamente. Quem entender este pensamento tende a obter o apoio do ex-governador”

O presidente estadual do PSDB será escolhido em maio. Há, no momento, quatro nomes na disputa: Carlão da Fox, prefeito de Goianira; Jardel Sebba, ex-prefeito de Catalão; Lêda Borges, deputada estadual e vice-presidente do partido; e Talles Barreto, deputado estadual.

Ante a opinião de que o ex-governador Marconi Perillo estaria apoiando a postulação de Jardel Sebba, um de seus melhores amigos, um dos pré-candidatos inquiriu o tucano-chefe: “Procede que está apoiando Jardel?” A resposta teria a seguinte: “Estou apoiando todos, o importante é aumentar a musculatura de sua campanha”.

O que Marconi Perillo quer realmente é que o próximo presidente do PSDB seja posicionado e crítico em relação ao governo de Ronaldo Caiado. Um político afirma que Marconi Perillo aposta que o governo de Caiado vai ter muito contencioso com funcionários públicos e empresários e poucas realizações — o que tende a aumentar seu desgaste. “Um partido crítico tem de capitalizar a insatisfação e canalizá-la politicamente. Quem entender este pensamento tende a obter o apoio do ex-governador.”

O PSDB não pode ser usado, do ponto de vista do líder máximo, para projetos políticos pessoais. É um “recado”.

Lêda Borges é uma política posicionada e crítica ao governo Caiado. Se for liderado por uma mulher, o partido fica com uma imagem moderna, inclusiva.

Carlão da Fox, por ser prefeito, representa o municipalismo, a base direta do partido.

Jardel Sebba é um crítico contundente do governo Caiado, é próximo de Marconi e não pretende disputar mandato em 2020 e 2022.

A crítica sólida e contundente de Talles Barreto ao governo de Caiado tem agradado o tucanato.