Marconi Perillo pode começar a reforma administrativa pelo acomodado segundo escalão

05 dezembro 2015 às 13h45

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Que o governador Marconi Perillo vai fazer algumas mudanças em sua equipe é praticamente certo, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Possíveis candidatos a prefeito ou a vereador, por exemplo, tendem a antecipar a saída.
Os principais articuladores do governo detectaram falhas em algumas áreas. Por exemplo: o segundo escalão é praticamente um secretariado, mas, ao menos em três secretarias, não tem funcionado com eficiência. Há “subsecretários” que, como não se sentem responsáveis pelas pastas — que têm titulares acima deles —, estariam acomodados. A reforma administrativa pode começar tentando resolver este gargalo.
Há pelo menos dois secretários que preocupam o governo. A secretária da Educação, Raquel Teixeira, é uma gestora decente e não é incompetente. Porém, de meninos da pré-escola a doutores da universidade, todos sabem que não está empolgada com o principal projeto do governo Marconi Perillo: a escolha de organizações sociais para gerir as escolas do Estado. A impressão que passa é que está sendo empurrada e, até, indo para o matadouro. Sua hesitação fragiliza, aqui e ali, a adoção do projeto. Ela quer deixar o governo? Não. O tucano-chefe quer defenestrá-la? Também não. Cobra-se, porém, mais motivação. Marcos “Tucano” das Neves poderia ser o seu substituto? Consta que planeja deixar o governo.
João Furtado é cotado para a Casa Civil, em substituição a José Carlos Siqueira. Manoel Xavier é uma das cartas para o Detran (Paulinho de Jesus iria junto). Leonardo Vilela estaria mais motivado a ocupar cargo de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios do que com a Secretaria da Saúde. É sério e competente, mas parece ter perdido a motivação.
Há pelo menos quatro secretários apontados como intocáveis: José Eliton, do Desenvolvimento Econômico; Vilmar Rocha, das Cidades e Meio Ambiente; Thiago Peixoto, de Gestão e Planejamento; e Ana Carla Abrão Costa, da Fazenda.