Marconi e Mabel desistem de Mendanha e um deles deve disputar o governo
13 junho 2021 às 00h01
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A dupla tentou convencer um empresário a ser candidato. Como ele não quer, o Mama pode apostar em Jânio Darrot
O ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, e o presidente da Federação das Indústrias no Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, trocam “figurinhas” toda semana a respeito da sucessão para o governo de Goiás em 2022. Eles formam o movimento “Mama”.
Perillo e Mabel, hábeis titereiros, aproximaram-se do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, e, com elogios e cânticos de sereia, convenceram-no de que já estava praticamente “eleito” para o governo de Goiás. “Não” precisava nem disputar eleição. Era só deixar a prefeitura, abandonando os 500 mil habitantes da cidade, e correr para o abraço.
Ante tantas loas de titereiros especializados, Mendanha acabou por ser seduzido, ao menos por alguns momentos. Porém, depois de conversar amplamente com líderes do MDB, como seu presidente, ex-deputado federal Daniel Vilela, o prefeito decidiu escapar das garras dos experts Perillo e Mabel.
Decepcionados com a “falha” de seus cantos, ambrosias e vinhos caros, que não funcionam mais com Mendanha, Perillo e Mabel estão traçando nova estratégia.
Por enquanto, com Mendanha fora de seu alcance, há dois jogos.
Primeiro, vai se tentar uma “reaproximação” com Jânio Darrot, que, se perder o Patriota para o deputado federal Major Vitor Hugo, pode até mesmo voltar ao PSDB. A ideia é bancá-lo para governador, com um vice do setor imobiliário (um jovem líder) e Mabel para senador. Perillo iria a deputado federal.
Segundo, se não houver acordo com Jânio Darrot — que, com a crise do Patriota, perdeu energia —, há a possibilidade de Marconi Perillo disputar o governo do Estado, com o apoio de Mabel.
Se Marconi não decolar — pesquisas sugerem que seu desgaste político ainda é muito alto —, a tendência é que Mabel seja o candidato a governador.
Entretanto, espertamente, Mabel estaria articulando outro nome para a disputa — o de um jovem líder do setor imobiliário. A ressalva? O empresário não quer disputar e, de cara, tapou os ouvidos para escutar o canto das sereias.