Marcio Luis empolga em Porangatu. Mas indefinição de Lincoln Tejota pode prejudicá-lo
22 dezembro 2019 às 00h22
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O prefeito Pedro Fernandes torce para que saiam vários candidatos. Eronildo Valadares diz que lidera as pesquisas
Cidade mais importante do Norte goiano, Porangatu terá pelo menos quatro ou cinco candidatos a prefeito (no momento, o número é muito maior, mas alguns tendem a sair no páreo, no meio do caminho – compondo com postulantes mais, eleitoralmente, consistentes).
Os três candidatos com maior potencial, dada a capacidade de articular estruturas amplas de campanha, são o empresário e ex-prefeito Eronildo Valadares (que vai se filiar ao DEM), o advogado e empresário Márcio Luis da Silva (sem partido) e o prefeito Pedro Fernandes (do PSDB – a caminho do PP ou do MDB).
Eronildo Valadares frisa que lidera as pesquisas e tem o apoio do governador Ronaldo Caiado, do DEM, e do deputado federal José Nelto, do Podemos. No momento, ele opera para que toda a base do governo o apoie para prefeito.
Pedro Fernandes tem desgaste, por ser prefeito, mas controla uma máquina poderosa. Com quatro ou cinco candidatos na disputa, suas chances crescem. No momento, não aparece bem nas pesquisas. Mas está articulando e buscando novos aliados.
Márcio Luis da Silva começa a empolgar parte da cidade, a que o conhece, por ser considerado como um fato novo. Ele está trabalhando para aumentar a autoestima dos cidadãos de Porangatu – o que tem agradado. Seu principal problema é não ter filiação partidária e está quase passando da hora de uma definição. Os partidos, afinal, estão apontado seus pré-candidatos (em alguns casos, na verdade, já são praticamente candidatos).
Aliados de Marcio Luis estariam pressionando-o por uma definição partidária. Entretanto, o jovem advogado está esperando uma definição do vice-governador Lincoln Tejota, que recentemente tentou voltar para o PSD de Vilmar Rocha, mas, como não foi possível, decidiu assumir o comando do PTB. O problema é que o tempo está passando e, como Lincoln Tejota não se define – e, a rigor, não precisa se definir agora, porque só vai disputar eleição em 2022 –, Márcio Luis vai ficando sem partido.
O grupo de Márcio Luis pressiona para que tome uma decisão. O MDB, por exemplo, quer o passe do advogado – que nunca disputou mandato político, mas tem experiência classista. O presidente do MDB, Daniel Vilela, inclusive já conversou com ele. O problema é que, segundo os aliados, Márcio Luis continua esperando por Lincoln Tejota. O vice-governador é municipalista, tem interesses político-eleitorais em várias cidades, mas em Porangatu parece não perceber que tem um diamante nas mãos à espera apenas de ser lapidado.