Magda Mofatto. Armando Vergílio. Tayrone di Martino. Um deles deve ir para a chapa de Antônio Gomide

14 junho 2014 às 13h38

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O candidato a governador pelo PT, Antônio Gomide, está convicto de duas coisas. Primeiro, que será candidato a governador de Goiás, e com a bênção do PT nacional. Segundo, que vai ser eleito governador de Goiás, surpreendendo os céticos e aqueles que acreditam em favas contadas em política. A um petista, que quis saber se sua convicção não era ilusão ou fantasia, Gomide teria dito que está ouvindo o povo com atenção e que as pesquisas, no momento, estão apresentando em primeiro lugar as pessoas mais conhecidas, mas que há um sentimento de renovação, um desejo de mudança, que surpreende. A sociedade goiana, tem frisado, vai dar o seu recado no momento certo.
Na semana passada, depois de se apresentar aos goianos, com visitas em mais de 130 cidades, Gomide costurava a negociação da chapa majoritária. Há pelo menos três cenários trabalháveis. Num deles, Armando Vergílio, do Solidariedade, seria seu o vice — possivelmente, com Marina Sant’Anna, do PT, para o Senado.
No segundo cenário, a deputada Magda Mofatto (PR), hoje apoiando o governador Marconi Perillo (PSDB), pode compor com o petista e ganhar o direito de disputar mandato de senadora. O petismo considera Magda decisiva, se aceitar a composição, porque, além de ter estrutura política e financeira, divide parte do grupo de Marconi. E é apontada como dotada de grande capacidade de trabalho. O deputado estadual Cláudio Meirelles, do PR, disputaria mandato de deputado federal. O vice poderia ser Armando Vergílio ou, então, Edward Madureira (PT).
A chapa com Magda Mofatto é improvável? Parece difícil, complexa, mas não impossível, na avaliação de petistas. “Magda não está satisfeita com a montagem da chapa majoritária da base governista — que terá Marconi Perillo para governador, José Eliton na vice e Vilmar Rocha para senador”, afirma um deputado petista. Durante certo tempo, e de maneira enfática, Magda Mofatto defendeu uma chapa com o governador Marconi Perillo e, para o Senado, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). “A deputada considera que não foi ouvida”, frisa o petista.
O terceiro cenário é o da chapa pura, que Gomide não quer, porque cria um clima de isolamento, mas talvez tenha de se sujeitar a isto. Gomide irá para o governo, Marina Sant’Anna disputaria o Senado e, na vice, iria o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Edward Madureira ou o vereador Tayrone di Martino.
Quando inquirido sobre qual é a chapa ideal, Gomide não diz explicitamente, mas gostaria, é claro, de uma chapa com integrantes de outros partidos, para que não fosse pura. “Porém, se tiver de ir para a disputa com chapa pura — até o último momento, o ex-prefeito de Anápolis vai trabalhar por uma composição ampla —, Gomide continuará tão animado quanto agora, quando nem chapa tem”, afirma uma petista de Goiânia.