Lula já “elegeu” uma pedra, mas possivelmente não levará o chuchu do PT para o poder em São Paulo
15 junho 2014 às 07h49
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Está cedo para dizer, mas é provável que o insosso petista Alexandre Padilha, se perder o governo de São Paulo para o tucano Geraldo Alckmin, vai fazer o pré-enterro do Lulopetismo.
O ex-presidente Lula da Silva parece acreditar que tem condições de eleger uma pedra e um picolé de chuchu (especialidade do PSDB). A pedra ele elegeu em 2010 – é a presidente Dilma Rousseff. Agora, com a pedra aparentemente quebrada, não se sabe se terá condições de reelegê-la. O petista-chefe diz que, se a pedra for reeleita, vai participar mais do governo. É recado. Para o povão, que gosta dele. Para os políticos, que sabem que é um negociador nato. E, finalmente, para os empresários, que o veem como o pai das “empresas campeãs”, e, mais, uma garantia de que as regras não serão mudadas.
Mas, se a pedra às vezes tem certa consistência, o chuchu petista, Alexandre Padilha (há quem ouse dizer, ainda que nos bastidores: “Vá para casa, Padilha!”), é mais pesado do que um Boeing. Lula está tentando carregá-lo, porém, infelizmente para o PT paulista, não é nenhum Hércules.
Ao colocar Padilha no páreo, contrariando o PT de São Paulo, Lula avaliou que, para ganhar dos tucanos, precisava de alguém novo e leve. Padilha, embora leve, é pesado. Para piorar, denúncias recentes podem acabar com aquilo que tem ou tinha de melhor: a estampa de não contaminado pelas sujeiras da política.
O Lulopetismo não está às portas da missa de sétimo dia. Mas está chegando a hora, possivelmente.